Avaliações devem integrar diferentes diferentes conhecimentos
Um currículo bilíngue integrado pode ser configurado e organizado de diversas formas dentro de uma instituição. Mas, passada essa etapa, surge um novo desafio: a avaliação das aprendizagens. Qual será a concepção de avaliação da escola? E como se darão as práticas avaliativas no contexto bi/multilíngue pautado na lógica da integração?
As práticas avaliativas devem estar sempre conectadas a essa lógica, focando na formação integral do aluno – linguística, acadêmica e social –, afinal, as aprendizagens se dão pela língua em quaisquer áreas do conhecimento. Para Maria Teresa Aranda, especialista na área de Educação Bilíngue, apenas uma prova não daria conta dessa complexidade: se o ensino é integrado, então a avaliação também precisa incluir e integrar conhecimentos.
É nessa perspectiva que se defende uma avaliação formativa, diagnóstica e processual, baseada no equilíbrio entre língua e conteúdo. Para isso, é necessário que cada escola pense em descritores de aprendizagem e critérios de avaliação que sustentem e reflitam a configuração e a organização curricular e as práticas pedagógicas que compõem o seu contexto.
Uma possibilidade é abordar, simultaneamente, a ampliação do repertório linguístico do educando e as suas possibilidades de participar ativamente de práticas sociais no mundo. Planejar a avaliação em um ensino bilíngue com esses propósitos, pautada na colaboração entre os docentes na elaboração das práticas avaliativas, exige que reflitamos:
- Por que está se pensando em determinado projeto integrador?
- Quais são as aprendizagens esperadas em cada área do conhecimento, campo de experiência e/ou componente curricular?
- Quais serão os critérios para avaliar o sucesso nessas aprendizagens?
Aranda salienta, ainda, que é fundamental que esses critérios sejam pensados antes da realização das práticas e atividades – afinal, os aprendizes precisam saber o que se espera deles.
Faz parte da missão do programa Unisinos Education assessorar as escolas na composição e organização de instrumentos avaliativos que, de fato, espelhem suas práticas pedagógicas e dialoguem com os descritores de aprendizagem que norteiam essas práticas.