O Grupo de Práticas Experimentais tem seu alicerce no jeito experimental de lidar com as práticas. Por práticas, estamos nos referindo à criação de um espaço para se pensar junto ao que se está fazendo, privilegiando as idiossincrasias dos projetos. Entender práticas neste âmbito demanda ao grupo refletir sobre como fazemos design, identificando o que emerge dos nossos fazeres e lançando-nos a experimentação de outros modos de fazer, perturbando visões homogêneas de como a área do Design vem conduzindo suas práticas e quem estas colocam no centro, promovendo a desestabilização de uma postura metodológica que se pretende neutra a determinação de ator privilegiando os humanos. Afastando-nos desta pretensa neutralidade e privilégio assimétrico, emerge a experimentação como o gosto por um improviso situado e o esforço de reinvenção incessante, como que em um processo interminável que jamais chega ao que deveria ser.
Estes aspectos das práticas referidas (improviso, perturbação, valorizar o outro) demandando dos pesquisadores do grupo uma outra postura metodológica pautada por uma estratégia provisional, em que aquilo que a situação tem a revelar e os rastros possíveis de seguir do que é revelado impulsionam desdobramentos alternativos, incertos e desprendidos de referências anteriores, inviabilizando uma constituição apriorística da ação a ser tomada.
Por fim, o grupo toma forma na realização de projetos exploratórios interessados em levar as discussões para além da academia, explorando os efeitos que interferem na realidade a partir de exercícios experimentais e especulativos tencionados pelo interesse ao incomum, o instável, ruidoso, precário, o outro, o que está posto as margens, o negligenciado, aquilo que é entendido como erro e a insustentabilidade expressa pelas crise, dando espaço para as práticas sejam experimentais de fato.