Ano 12.000 a.C

Altamira

Aproximadamente no ano de 12.000 a.C., o homem ainda não conhecia a escrita e para narrar um fato ou registrar um acontecimento, era comum pintá-los nas paredes das grutas,

1.120 a.C.

Colheita

• Devido a preocupação em representar o movimento, os Egípcios criaram, em 1.120 a.C. aproximadamente, o que foi chamado pelos pesquisadores de Código Social. Esse “código” nada mais era do que uma espécie de padrão gráfico de representação que era facilmente reconhecido por todos.

Século XIX

• O século XIX foi um período marcado pela criação de diversos aparelhos que tinham como objetivo narrar histórias através da projeção de desenhos que criavam a ilusão de movimento, sendo alguns deles: Fenaquistoscópio e Zootrópio.

Fenaquistoscópio

• O fenaquistoscópio foi o primeiro brinquedo que realmente criava a ilusão de movimento. Inventado entre 1828 e 1832 pelo cientista belga Joseph Plateau, é formado por dois discos de papel ligados um ao outro por meio de uma haste fixada em um orifício no centro de cada disco. Um dos discos possui uma sequência de imagens pintadas em torno do eixo e o outro possui frestas na mesma disposição. Quando os discos são girados, o espectador vê as imagens do primeiro disco em movimento através das frestas do segundo.

Zootrópio

• O zootrópio foi criado em torno de 1834 pelo relojoeiro inglês William Horner. Trata-se de um tambor giratório com frestas em toda a sua circunferência. Em seu interior, montavam-se sequências de imagens produzidas em tiras de papel. Ao girar o tambor, olhando através das aberturas, assiste-se ao movimento.

Zootrópio

Praxinoscópio

• Este “brinquedo ótico” é uma pequena alteração do anterior Zootrópio. Em vez de se olhar através de ranhuras colocadas no face cilíndrica, o espectador vê o movimento das imagens num jogo de espelhos colocado no interior do objeto. O número de espelhos é igual ao das ilustrações. Assim, as imagens ficavam mais nítidas, porque as ranhuras causam um ligeiro desfoque.

O galope

• Em 1872, sob a encomenda do Governador da Califórnia Leland Standford, o fotógrafo Eadweard Muybridge desenvolveu uma pesquisa que mais tarde seria considerada o trabalho mais importante de fotos seqüenciais da história.
• Ele deveria fotografar o galope de um cavalo, com o objetivo de mostrar que este, em um determinado momento da ação, retirava as quatro patas do chão.
• Tratava-se de uma aposta, na qual Standford estaria envolvido, e as fotos serviriam de provas para a apuração dos resultados.
• Muybridge, auxiliado pelo engenheiro John D. Isaacs, criou um sistema compreendido por 24 câmeras escuras, cada qual com uma chapa emulsionada, que eram acionadas por fios devidamente esticados no local onde o cavalo correria.

• À medida que o cavalo passava, ele tocava nos fios e acionava sucessivamente as câmeras, capturando posições chaves do movimento do galope.
• Muybridge ficou tão entusiasmado com o resultado do trabalho que dedicou o resto de sua carreira à fotografia seqüencial do movimento.
• Sua pesquisa foi tão completa que até hoje é utilizada como referência por animadores do mundo inteiro.
• Sua pesquisa unida à descoberta da emulsão sensível à luz sobre película flexível de celulose, criada em 1887 pelo fotógrafo amador Hannibal Goodwin, foi o ponto de partida para que em 1895, os irmãos Auguste e Louis Lumiére após analisarem os aparelhos de projeção já existentes, criassem o cinematógrafo.

A primeira sessão

• Como vimos, a origem do cinema vem de muito antes da primeira sessão.
• Podemos incluir aí, nesta trajetória, a caverna de Platão, a lanterna chinesa e a câmera obscura.
• A única arte com atestado de nascimento, 28 de dezembro de 1895, no Grand Café, em Paris, teve sua primeira sessão pública feita através do invento chamado cinematógrafo.
• Muitos avanços, desde os brinquedos óticos, tais como a película perfurada que permitia o avanço regular por meio de uma roda dentada, ajudaram a chegar na noite de 28 de dezembro de 1895.
• Os responsáveis pelo invento e pela sessão foram os irmãos Lumière.
• Auguste, o mais velho, era químico, Louis, físico.
• Acreditavam que seu invento não teria utilidade prática.
• Aquela foi a primeira sessão pública, com espectadores pagantes, mas já era a quinta desde que tinha criado o cinematógrafo. As exibições anteriores foram realizadas para o mundo científico, em reuniões privadas.

Auguste e louis lummière

• Paralelamente aos irmãos Lumière, Thomas Edison também trabalhava no desenvolvimento de um equipamento para registrar e projetar imagens em movimento.
• Antes da famosa sessão no Grand Café, Edson já havia inventado o kinetoscópio.

Kinetoscópio

• O Kinetoscópio tinha um filme perfurado, colocado em serpentina e em contínuo dentro da máquina. Ao colocar-se uma moeda na ranhura da máquina, acendia-se uma lâmpada no seu interior e, através da lente do visor, eram visíveis pequenos filmes, animados pelo mecanismo do interior da caixa.

Georges Méliès

• Foi o primeiro a perceber o potencial artístico e comercial da nova invenção.
• Foi com Méliès que o cinema desenvolveu características cujo impacto persiste até hoje.
• Estava presente às primeiras sessões dos irmãos Lumière.
• Como era mágico, logo vislumbrou um outro uso para o cinematógrafo.
• Foi o primeiro a utilizar figurinos, maquiagem, cenários.
• Cria técnicas de trucagem e efeitos especiais, empregando fusão de imagens, exposição múltipla de negativos, maquetes e truques ópticos.

• Vira um grande produtor e diretor de filmes, fazendo mais de 500 filmes.
• Cria um estúdio envidraçado com palco preparado para seus efeitos especiais.
• Em função da concorrência e por não se adaptar aos novos tempos do cinema, acaba arruinado, vendendo brinquedos em uma estação de Paris.

"Casa de vidro"

Foi o primeiro estúdio cinematográfico. Foi erguido em 1897. Era um grande galpão envidraçado, com as dimensões do teatro Robert Houdin. Com teto e paredes de vidro, o estúdio foi construído para aproveitar o máximo a luz solar, já que naquela época a eletricidade era algo caro e dificilmente poderia ser utilizada na intensidade necessária para uma filmagem.

D. W. GRIFFITH

• David Wark Griffith nasceu no Kentucky, em 1875, e morreu em Hollywood em 1948.
• Realizou cerca de 450 filmes. Nestes desenvolveu técnicas narrativas empregadas até hoje no cinema e na TV.
• Muitos autores atribuem a ele o início da linguagem cinematográfica.
• O Nascimento de uma Nação, de 1915, é um marco no cinema. Desenvolveu e estabeleceu um padrão de narrativa
• Para alguns autores, foi este filme que mostrou, pela primeira vez, que o cinema era uma forma de arte.
• 20 anos se passaram, até o lançamento do filme, desde a primeira sessão de cinema e a linguagem cinematográfica não parou de evoluir.
• 1500 planos - 165 minutos. Uma loucura para a época.
• Milhares de figurantes, dois meses de filmagem, orçamento ultrapassou os US$ 110.000,00.
• Ficou 8 meses em cartaz.

• O objetivo de Griffith era narrativo, queria contar histórias. Para tanto precisava dominar a linguagem e propor coisas novas.
• Contribuições de Griffith: montagem paralela, câmera em movimento, close up, planos detalhe, flasback, plano americano.
• Griffith em uma viagem para a California descobre uma pequena vila para filmar. Esta chamava-se Hollywood.
• No início dos anos 1920, surgiram nos EUA, os “nickelodeons”, os primeiros cinemas fixos, nos quais, por cinco cents, uma moeda de níquel, os espectadores podiam assistir a programações formadas por filmes de curta duração, que eram trocados quase que diariamente.
• Griffith, no começo de sua carreira, foi ator em alguns filmes de Potter e percebeu que a diferença de planos podia conferir intensidade dramática ao à cena.

Edwin S. Potter

• Cria o primeiro enigma do cinema.
• Em seu filme, The Great Train Robbery (1903), um dos bandidos saca seu revolver, aponta para a câmera e atira. Causa comoção.
• No início da linguagem, estas ousadias eram possíveis. A partir dos anos 1920, foi criado o Código Hays para regulamentar o uso de sexo e violência no cinema americano.

• Com isso, esse tipo de cena foi proibida.
• Passaram-se 50 anos até que o Código fosse desafiado e Sam Peckinpah colocou seu protagonista em Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia apontasse a arma para o espectador.

Expressionismo

• Movimento que envolveu as arte visuais, a literatura e o cinema.
• Foi entre 1910 e os primeiros anos da década de 1920 que a Alemanha sediou uma das mais profundas revoluções por que passaram as artes do século passado.
• O expressionismo, nos seus primórdios, foi um movimento de jovens.
• A maioria deles de origem burguesa, queriam contestar os valores da autoritária sociedade alemã, com seu modelo baseado nas distinções de classes.
• “Possuídos por um sentimento apocalíptico , queriam enterrar a velha cultura e fundar a nova sociedade, na qual o homem seria autêntico, bom e livre de condicionamentos” (MERTEN, 2003, p. 38).
• A arte deveria ser entendida como uma forma espontânea de expressão da alma. Não tinham por objetivo representar a realidade concreta.
• “Interessavam-se mais pelas emoções e reações subjetivas que objetos e eventos suscitavam no artista e que ele tratava de ‘expressar’ por meio do amplo uso da distorção, da exageração e do simbolismo” (MERTEN, 2003, p. 38).
• A Alemanha do pós-guerra, trouxe à tona o romântico pessimismo da alma alemã, que expôs o apocalipse moral de um mundo em crise.
• Alguns diretores se destacaram: Robert Wiene, F. W. Murnau, Fritz Lang, entre outros.
• Obras fundamentais: O Gabinete do Dr. Caligari, Nosferatu, M, o Vampiro de Dusseldorf, entre outros

• O expressionismo ganhou o mundo.
• Os fotógrafos e cenógrafos que, em fuga do nazismo, emigraram para os EUA ajudaram a criar uma tendência, que alguns críticos consideram um gênero, e outros dizem que é um estilo, o filme noir.

A revolução dos russos

Sergei Eisenstein

• Além de cineasta, foi um teórico.
• Deixou textos fundamentais sobre o significado do cinema e da montagem.
• “Foi o representante máximo das vanguardas russas nos anos 1920, um dos grandes construtores da linguagem cinematográfica.” (MERTEN, 2003, p. 49).
• Seu tema era o movimento revolucionário na Rússia.
• Do ponto de vista estético, também buscou uma expressão revolucionária.
• “Eisenstein pensou a história das artes, meditou sobre o significado estético e social de cada uma delas e chegou à conclusão de que o cinema, como linguagem, posto à luz da dialética marxista, deveria iniciar-se por uma tomada de posição diante dos processos de montagem.
• Lev Kulechov experimentou e foi fundamental para Eisenstein.
• Com seu estudo sobre a montagem, realizou o que ficou conhecido como “efeito Kulechov”.

• Eisenstein, a partir deste experimento concluiu: que o público reagia à justaposição das imagens, portanto, à montagem, fazendo a assimilação do efeito como um todo; e que o filme, como obra de arte concebida dinamicamente, não é outra coisa senão o método de ordenar as imagens nos sentimentos e na consciência dos espectadores.
• Pudovkin, outro importante diretor, acreditava que a montagem era a construção dramática semelhante à de uma casa, no qual os tijolos são colocados um ao lado do outro, linearmente.
• Eisenstein pensava diferente. Acreditava que era do choque de imagens distintas que surgia algo novo no inconsciente do público.

E surge o som no cinema...

• Em 1927, o primeiro filme sonoro chega às salas de cinema: O Cantor de Jazz

Encerramento

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