Exposição à luz

Resulta da combinação de três elementos:

      • Abertura do diafragma

      • Velocidade do obturador

      • ISO

Abertura do diafragma

A abertura é medida por números de diafragma, também chamados de f/stop.

Mecanismo formado por lâminas metálicas no interior das objetivas, controla a quantidade de luz que entra na câmera; cada ponto de diafragma dobra ou reduz pela metade a quantidade de luz que atinge o sensor (ou filme);

Quanto maior o número f (ex: f 22), menor a abertura e menor a quantidade de luz que entra pela objetiva; quanto menor o número f (ex: f 3.5), maior a abertura e maior a quantidade de luz que entra pela objetiva.

Velocidade do Obturador

Botão do clique que aciona uma cortina interna da câmera, a qual regula o tempo em que o sensor (ou filme) recebe luz;

Escala numérica em frações de segundo (ex: 1/8, 1/15, 1/30, 1/60, 1/125,1/250, 1/500, 1/1000);

Quanto mais tempo aberto (ex: 1/8, mais tempo de luz atinge o filme/sensor;

Velocidade alta (ex: 1/250) congela o movimento, enquanto a baixa velocidade (ex:1/15) deixa o movimento “borrado”;

Quanto maior o número, maior a velocidade e vice-versa.

Obturador

Velocidade B (bulb): utilizada para fotografias noturnas em longas exposições. A câmera deve estar apoiada em um tripé. O obturador permanece aberto enquanto o botão for pressionado preferencialmente por um cabo disparador;

Algumas câmeras possuem velocidade T, que abre o obturador ao ser pressionado e só fecha quando pressionado novamente.

Velocidades altas para quando tivermos muita luz e velocidades baixas para pouca luz. É sempre usada em conjunto com o diafragma, que regulará a quantidade correta de luz.

Lei da reciprocidade

Se o produto da exposição (intensidade de luz x tempo de abertura) for constante, o resultado da exposição será o mesmo;

Lógica que rege o funcionamento da câmera é de dobros ou metades: no diafragma, uma abertura f 2.8 permite a entrada do dobro de luz do que em f 4; com o obturador em 1/125, passa a metade de luz que passa em 1/60.

Lei da reciprocidade

Exposições recíprocas: ISO 100
F-STOP 2 2.8 4 5.6 8 11 16 22
VELOCIDADE
OBTURADOR
1/8000 1/4000 1/2000 1/1000 1/500 1/250 1/125 1/60

 

Exemplo: f8 + 1/60 = f11 + 1/30.

Cada vez que reduzimos um f-stop à metade, dobramos a velocidade do obturador.

Qualquer uma dessas combinações terá o mesmo resultado em termos de exposição!

ISO: International Standards Organization (Organização Internacional de Padrões);

É a sensibilidade do sensor (ou filme) à luz: sempre que o número dobra, dobra a sensibilidade;

Quanto menos luz no ambiente, maior precisa ser o ISO para uma boa exposição; à medida que o ISO aumenta, menos luz é necessária;

Quanto maior o ISO, mais ruído (pixelização/granulação) na imagem – e menor qualidade –, principalmente nas áreas de sombra.

ISO - Classificação de sensibilidade:

Baixa: 100 (grãos menores);

Média: 200;

Alta: 250 a 640;

Muito alta: 800 a 1600;

Extremamente alta: 2000 a 3200 (grãos maiores, imagem granulada).

ISO - Regras básicas para ajuste do ISO:

Dias de sol: 100 (ou mais baixo);

Dias nublados: 320 – 400 (médios);

Lugares fechados, luz artificial, cenas noturnas: 800 – 1600 (ou mais, altos).

ISO

No filme fotográfico: quanto mais alto o ISO, mais sais de prata para reagir à luz, necessitando de menos luz;

Na câmera digital: amplificação aplicada ao sinal de luz que chega ao sensor. Quanto mais alto o ISO, maior a amplificação e menor a quantidade de luz exigida.

Fotômetro

Instrumento que lê as condições de iluminação e indica a combinação de diafragma e obturador de acordo com o ISO, mas não considera as intenções do fotógrafo.

Fotômetro

Escala mostra se exposição está correta ou se imagem está subexposta (com pouca luz) ou superexposta (muita luz).

É possível deixar a imagem mais clara ou mais escura, superexpondo ou subexpondo em um ou dois pontos.

Modo de medição do fotômetro

Matricial: lê todos os pontos da cena e faz “média”.

Central: prioriza ponto central da imagem.

Pontual: luz medida em um ponto específico da cena.

Autofocus

Multi AF: avaliação através dos pontos distribuídos por toda a cena.

AF Central: o foco é estabelecido no centro do visor.

AF Pontual: escolhe-se o ponto no qual se quer obter o foco.

Autofocus

AF-S: Modo para que a câmera “trave” o foco no ponto escolhido para o reenquadramento.

AF-C: Mantém o ajuste do foco mesmo com o objeto em movimento.

AF-A: Modo automático. A câmera reconhece se há ou não elementos em movimento.

Foco manual e automático

O ajuste do foco deve ser feito na objetiva (lente) e nas configurações da câmera;

Pode-se fazer manualmente o foco, mas a câmera tem muita precisão no modo automático;

Escolha de um ponto único permite que o fotógrafo escolha aonde quer fazer o foco (deixar nítido); neste caso, pode-se deixar no automático.

Bibliografia

Guia Completo de Fotografia. National Geographic. São Paulo: Editora Abril, 2008.

Novo Guia de Fotografia. National Geographic. São Paulo: Editora Abril, 2011.