Você já pensou sobre os desafios e possibilidades de trabalho em grupo como dispositivo de saúde? Sabendo da importância de um debate sobre atendimentos grupais, o PAAS realizou o VII Seminário Interdisciplinar do Projeto de Atenção Ampliada à Saúde – PAAS.
O evento ocorreu no dia 16 de novembro , no auditório CCIAS, em São Leopoldo. Dividido em três painéis, o seminário abordou experiências de profissionais da saúde que utilizam de grupos como instrumento facilitador de trabalho. Também foi possível aprender estratégias de como avaliar o grupo e seus integrantes.
No final do seminário, foi realizado o lançamento do 2º volume da Série Cadernos do PAAS. Com o título “Grupalidades em um serviço escola: multiplicidades de um fazer cotidiano“, o livro conta com sete textos sobre como viver um grupo enquanto potencialidade na promoção de saúde, como promovê-lo em um serviço escola, como supervisionar encontros e relatos de experiências na área de atendimento coletivo.
Um protocolo como avaliação de grupo
Na palestra “O protocolo PluriVox: uma estratégia para produzir saúde nas grupalidades“, o professor Nédio Seminotti, explicou sobre a ferramenta PluriVox, criada pelo palestrante para avaliar a participação das pessoas em seus grupos.
PluriVox é um questionário de 10 questões organizadas por Seminotti e que deve ser executado em atendimentos coletivos. O grupo é separado em avaliadores e facilitadores. O objetivo é simples, observadores devem responder o relatório levando em conta o trabalho e as habilidades dos facilitadores. Essa avaliação é levada para seminários e discussões, o que ajuda a integrar o grupo e facilitar o relacionamento dos integrantes.
O questionário não tem certo e errado. O objetivo da ferramenta é alternar os participantes em observadores e avaliadores, fazendo com que todos do grupo sejam avaliados e possam desenvolver novas habilidades e aperfeiçoar as já conquistadas.Para o criador, o evento é uma oportunidade de troca. “Aqui podemos validar e aprimorar o protocolo, ver se ele é útil e exequível. Antes tínhamos 30 questões e percebemos que ele não funcionaria. Agora, com 10 questões, podemos sintetizar habilidades básicas para que o grupo se torne método na área da saúde e consiga encontrar soluções para seus problemas”, comenta.
As experiências obtidas nos atendimentos grupais
O segundo momento do seminário foi uma roda de conversa composta por profissionais da área da saúde. O momento foi de troca de experiências sobre os atendimentos realizados em grupos. O bate-papo foi mediado pelo palestrante. A roda contou com a participação da dentista da UBS Brás, Daniela Silva, a estagiária de Psicologia do PAAS, Maira Morelle e a psicólogia da CAPS Capilé, Vilene Moelecke.
Cada profissional contou sobre suas vivências no trabalho, sobre os desafios, dificuldades e possibilidades que o atendimento coletivo oferece. Depois, o público presente compartilhou experiências e tirou dúvidas com as participantes.
Quem participou do seminário ainda desfrutou da apresentação da orquestra Vida com Arte, programa de inclusão cultural da universidade, que conta com crianças da rede pública de ensino.