Na segunda-feira, 15 de agosto, o diretor-presidente do Sindicato dos Engenheiros (Senge) do Estado do Rio Grande do Sul, Alexandre Mendes Wollmann, esteve na Unisinos para falar aos alunos da Escola Politécnica durante a Aula Inaugural das Engenharias. O encontro ocorreu no Auditório Central do Campus São Leopoldo e tratou da valorização profissional e do papel do sindicato.
Logo de início, quando questionados a respeito da função da organização que representa a categoria, alguns estudantes disseram servir “para defender os engenheiros das empresas”, outros, “para cobrar tarifas”. Alexandre, então, provocou-os a desconstruírem essa ideia antiga de sindicalismo. “Onde houver um engenheiro, a obrigação do sindicato será representá-lo”, afirmou.
O palestrante seguiu a apresentação com humor, destacando benefícios para sindicalizados, como desconto na graduação e planos de saúde e odontológico. Mais do que isso, falou do respeito à área e do reconhecimento devido aos profissionais.
Qualificação e parceria
No fim da tarde, antes da Aula Inaugural, o diretor-presidente do sindicato foi recepcionado no Gabinete do Reitor. Na ocasião, comentou sobre o momento atual da engenharia no país, comparando-o, metaforicamente, a uma gangorra: de um lado, o cenário de retração; de outro, o aumento da procura por qualificação específica.
O convidado chegou a apontar áreas que considera em estado de carência, como gestão e normas regulamentadoras, e aquelas cuja demanda tem crescido, como fontes alternativas de energia e fiscalização de obras. “Parece que coabitamos dois Brasis”, complementou o reitor, padre Marcelo Fernandes de Aquino. “Um de atraso e falta de estrutura e outro de inovação e investimento.”
Ainda a respeito da profissão, Alexandre falou sobre o perfil da organização sindical: “No estereótipo do modelo tradicional de sindicato, o patrão é visto como inimigo. No modelo que o Senge adota, ele é considerado parceiro”. De acordo com o diretor-presidente, há uma preocupação constante, por parte da instituição, em acompanhar os movimentos da engenharia e praticar iniciativas de valorização e qualificação de seus representados.
Nisso entram as parcerias com universidades. Por meio da ação conjunta entre Unisinos e Senge, cursos foram e serão promovidos para capacitar profissionais da área, de modo a dar a eles o aquilo que o mercado procura. “Viemos de uma parceria boa e queremos avançar ainda mais, colher ainda mais frutos”, concluiu Alexandre.