Por um futuro com menos desigualdade

UniDiversidade é lançado no dia mundial do orgulho LGBTQ+

Crédito: Rodrigo W. Blum

No dia 28/6, dia mundial do orgulho, foi lançado, oficialmente, o UniDiversidade – Rede de Estudo e Debate sobre diversidade LGBTQ+. O grupo é organizado por membros da rede, em alinhamento ao Movimento Estudantil e ao Núcleo de Assistência Estudantil da Gerência de Serviços Acadêmicos da Universidade.

O evento de lançamento do UniDiversidade aconteceu na Claraboia da Biblioteca com a participação do reitor da Unisinos, padre Marcelo Fernandes de Aquino e do líder do Pride@SAP Brasil, Filipe Roloff.

“É um momento muito bonito, com uma singeleza multicolorida. Minha primeira palavra em nome da comunidade Unisinos é pedir perdão por todo sofrimento, toda intolerância sofrida”, afirmou Pe. Marcelo. O reitor lembrou que todos respiramos o mesmo ar e sentimos o anseio de um Brasil igualitário que acolha vários projetos de felicidade. “Essa construção coletiva nos permite sonhar com um país menos agressivo”, enfatizou.

Filipe iniciou sua fala dizendo que estava muito emocionado com esse momento tão simbólico e representativo. “A diversidade é uma solução para entender e resolver os problemas do dia a dia”, afirmou. Para ele, a luta pela igualdade se solidifica através da informação, e destacou a importância de construir espaços seguros para trabalhar, estudar e amar sem medo. “Quando a gente consegue transformar a empresa em que a gente trabalha, a gente é mais eficiente, inovador e feliz”, finalizou.

A arte como aliada

Durante todo dia a Universidade foi palco para exposição das seguintes obras: Projetos fotográficos “36” e “Existências”, de Moacir Lopes, egresso do curso de Fotografia; Instalação artística “O que te define? Diálogos sobre as corporalidades e as performances de gênero”, de Karla Oliveira, estudante do curso de Jornalismo; Série de poemas sobre vida cotidiana e política de pessoas LGBTQ+, de Cauê Rodrigues, estudante do curso de Psicologia.

Karla destacou em sua fala a fragilidade da masculinidade branca, cisgênera e heterossexual. “Quando se pensa dentro de uma caixa, quem está fora dos padrões perde o valor”, afirmou. Para estudante e integrante do UniDiversidade, é muito importante essa posição da Unisinos, juntamente com iniciativas que tragam as pessoas para dentro e estratégias no combate a LGBT fobia.

O evento também contou com a apresentação da DJ Angel Mix, uma roda de conversa sobre o movimento de moda sem gênero, com Vinicius Oliveira de Lima, e outra sobre discriminação interseccional entre sexualidade e raça, com Phelipe Caetano, militante LGBT, participante de grupos como HTA (Homens Trans em Ação) e TransENEM.

Na ocasião foi apresenta a seção comentada do filme “Nós duas descendo a escada”, produzido pelo coordenador do curso de Realização Audiovisual, Milton do Prado.

Sobre o UniDiversidade

Desde fevereiro de 2018, formou-se um pequeno grupo de membros da comunidade acadêmica – estudantes, egressos, colaboradores e professores – com o interesse em debater assuntos relacionados à diversidade sexual e de gênero na Universidade. Motivados pela demonstração de abertura pela Reitoria da Unisinos e pelos esforços em pesquisa acadêmica nessa temática, realizado em diferentes espaços, mas sobretudo nos Programas de Pesquisa e Pós-graduação em Educação e em Ciências da Comunicação, o grupo foi se estruturando e definindo seus objetivos.

Dessa maneira surge o UniDiversidade – Rede de Estudo e Debate sobre diversidade LGBTQ+, iniciativa com o objetivo de reunir integrantes de toda a comunidade acadêmica da Unisinos com interesse no debate em relação a orientação sexual e identidade de gênero. Para tanto, o UniDiversidade se constitui sobre dois pilares. O primeiro é o acolhimento, que se refere a apresentação da Rede como um ambiente para recepção de membros da comunidade acadêmica que queiram diálogo, algum tipo de suporte a inclusão, e a construção de um espaço seguro para manifestação de problemas gerados pela intolerância à sexualidade e gênero dentro e fora da Universidade. O segundo é o compartilhamento de conhecimento, cujo sentido se dá na disseminação de resultados de pesquisa acadêmica em temas relacionados à diversidade, integração entre pesquisadores e a popularização da ciência.

Saiba mais na página do UniDiversidade.

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