Com o objetivo de ampliar a capacidade de diagnóstico do novo coronavírus (Covid-19), a Unisinos, o Tecnosinos e o Hemocord Biotecnologia, estabeleceram parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE. O acordo prevê a destinação de recursos para viabilização de 1.000 testes para detecção do Covid-19 e a emissão dos respectivos laudos. A ação vai auxiliar o sistema de saúde pública do Rio Grande do Sul, em especial do Vale do Rio dos Sinos, integrado ao Sistema Gal LACEN.
Para o vice-presidente do BRDE, Luiz Corrêa Noronha, “dessa forma, por meio do Programa BRDE LABS de fomento à inovação, buscamos cumprir nossa missão promover o desenvolvimento socioeconômico. O apoio financeiro do banco se somará ao esforço técnico, científico, de infraestrutura e de recursos humanos das entidades parceiras, para atender a uma demanda prioritária e urgente para o sistema público de saúde do Rio Grande do Sul neste momento de crise”.
Para o reitor da Unisinos, Pe. Marcelo Fernandes de Aquino, esta parceria consolida uma importante ação, por meio da qual inovação e tecnologia, de forma ímpar e imediata, estão a serviço do combate à Covid-19.
De acordo com a decana da Escola de Saúde da Unisinos, Rochele Rossi, trata-se de um esforço conjunto que visa, a partir do diagnóstico, auxiliar no mapeamento do contágio e desenvolvimento de estratégias para minimizar o efeito da pandemia. “Esse apoio do BRDE será extremamente importante para dar início aos testes a serem realizados na Unisinos”.
Os testes serão processados no laboratório do Hemocord na Universidade, uma empresa de biotecnologia e banco de células-tronco de sangue e tecido de cordão umbilical, com laboratório de criopreservação. De acordo com a CEO da empresa, a médica Karolyn Sassi Ogliari, que também é professora do curso de Medicina da Unisinos, o laboratório já realizou as adequações necessárias e recebeu a confirmação do nível 3 de biossegurança junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. “Vemos a liberação deste recurso como algo significativo, pois estamos trabalhando em diversas frentes para viabilizar o maior número de testes possíveis. O desafio é ter kits suficientes para suprir a demanda das pessoas que precisam ser testadas”.
Como forma de ampliar a capacidade do laboratório durante a pandemia, também serão utilizados equipamentos do Instituto Tecnológico Nutrifor (itt Nutrifor). Além disso, o espaço contará com voluntários das Escolas de Saúde e Politécnica da Unisinos, que vão auxiliar na operação. Com isso, será possível realizar 5.400 testes por mês, num sistema que opere 24 horas por dia. A melhoria de processo de testes e a infraestrutura diferenciada trarão como resultado segurança e confiabilidade, além da meta de entrega dos laudos em até três dias. Karolyn explica que a meta é disponibilizar o resultado dos testes o mais rápido possível. “Quanto mais rápido for o processamento do teste, maior a assistência correta ao paciente. Isso implica medidas de isolamento e tratamento”.
A iniciativa faz parte de uma série de ações que vêm sendo desenvolvidas no ecossistema de inovação da Unisinos para combater a pandemia.