Unisinos HUB aborda a experiência em inovação e sustentabilidade da Natura

Gerente de Meio Ambiente e Materiais Recicláveis mostrou interligação direta entre os temas

Crédito: Thiago Kittler

O gerente de Meio Ambiente e Materiais Recicláveis da Natura, Sergio Talocchi, trouxe aos presentes na palestra do segundo dia de Unisinos HUB exemplos da experiência de inovação e sustentabilidade da Natura. Temas atuais, que dialogam diretamente com as temáticas da Nova Pós-Graduação da Unisinos, que promove o evento.

Logo de início, o economista, mestre em Economia Ecológica, destacou a alegria em abordar um tema com cada vez mais relevância para toda a sociedade. “Venho compartilhar com vocês a experiência de como é estar em uma companhia, uma empresa, que se propõe a trazer a sustentabilidade para o eixo central dos seus valores e para a sua estratégia de negócio.”

A empresa, originária no interior do estado de São Paulo ainda na década de 1970, é sinônimo da busca por aliar o uso sustentável dos recursos naturais, além do fomento social em variados setores. Isso se dá pela busca em aliar beleza, qualidade e sustentabilidade, uma equação que “está em cada novo produto ou processo”, conforme Talocchi.

Crédito: Thiago Kittler

Desde o começo de suas atividades, a Natura buscou a vegetalização de suas fórmulas, isto é, o uso de bases vegetais, que são renováveis. “Percepção se tornou realidade consolidada nos processos da empresa nos últimos 15 anos”, explicou Sergio, que atua na empresa há 11 anos, tendo passado por setores de Relações com Comunidades e Logística Reversa.

O eixo dessa política da Natura está em um documento publicado no site, chamado Visão de Sustentabilidade 2050. “Nós orientamos toda a nossa estratégia de negócio por conta de valores e práticas sustentáveis. Isso não é algo que vem depois, ou como consequência, ou ainda um efeito marginal.”

Hoje, conforme palavras do gerente de Meio Ambiente, mais de 80% – “cerca de 83%, talvez com uma pequena variação de porcentagem” – das fórmulas usadas hoje para a produção de cosméticos da Natura têm origem renovável. Esse número foi alcançado graças a estudos e posterior utilização em grande escala do óleo de palma e do álcool. “A origem de muitas das nossas matérias-primas são essas duas [substâncias].”

Crédito: Thiago Kittler

A consequência da socioambiental de buscar a inovação nos produtos da Natura mostra que o avanço tem a contribuir para a preservação. Sergio deu o exemplo da ucuuba, matéria-prima da linha Natura Ekos Ucuuba. Antes, as famílias extratoras da Amazônia obtinham renda com a venda da madeira da árvore. A partir da linha de cosméticos, trabalhada a partir de 2006, seu produto passou a ser o fruto, que faz com que a árvore tenha maior valor em pé do que derrubada.

Por meio de processos de gestão integrada, a Natura faz a contabilidade social de seu impacto, visando o manejo social e ambiental em cada diferente região onde atua. “Precisamos equacionar os costumes, a sustentabilidade, mas também normas e regramentos diversos”, apontou Sergio Talocchi. Esse cuidado chega aos fornecedores com o que Sergio chamou de “régua socioambiental”: um fornecedor com produto mais caro pode ser escolhido para a compra com base em melhores requisitos socioambientais apresentados em relação aos concorrentes.

“Não queremos ser a melhor empresa do mundo, mas a melhor empresa para o mundo”, sintetizou.

Ao fim, a palestra foi aberta a perguntas e a interação com a plateia.

Crédito: Thiago Kittler

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