Unisinos e startup do Tecnosinos entregam 200 protetores faciais para serviços essenciais de São Leopoldo

Unidades foram entregues para o SAMU, UBSs e Corpo de Bombeiros do município, além do Hospital Espírita de Porto Alegre e Secretaria de Saúde de Esteio

Crédito: Rodrigo W. Blum

Uma série de iniciativas estão sendo desenvolvidas pelo Ecossistema de Inovação da Unisinos, com o objetivo de enfrentar a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). São medidas que visam ajudar profissionais de saúde, melhorando o processo de atendimento e a comunicação com a sociedade.

Empenhados em desenvolver uma solução de baixo custo para a produção de protetores faciais, os sócios da X4 Tecnologia, Lucas Feil e Thiago Merib, em parceria com a Unisinos e o Tecnosinos, desenvolveram um projeto que utiliza tecnologia de corte a laser. O Equipamento de Proteção Individual (EPI) é recomendado para a face e de uso complementar às máscaras que são utilizadas por médicos e enfermeiros que atuam na linha de frente no combate à pandemia.

As primeiras 200 unidades foram entregues, na forma de kits, nessa quarta-feira, 1/4, para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Corpo de Bombeiros, ambos de São Leopoldo, além do Hospital Espírita de Porto Alegre e a Secretaria de Saúde de Esteio. A diretora do Tecnosinos, Susana Kakuta, reforçou a importância da união da sociedade no combate à pandemia. “Essa é uma das entregas que o nosso ecossistema está realizando. Nós estamos trabalhando, juntos, na busca de soluções inovadoras para este momento, tanto com a sociedade civil como com as empresas do parque. Nessa semana, estaremos finalizando um aplicativo de autotriagem e chat de aconselhamento para as questões relacionadas aos sintomas da Covid-19. Também estamos realizando consertos de respiradores, equipamentos necessários para o tratamento da doença. Além da implantação de um laboratório de testes para atender não só o Vale do Sinos, mas todo o Estado”, destaca Susana.

Crédito: Rodrigo W. Blum

Para desenvolver a solução da X4 Tecnologia, Thiago Merib explica que foram analisados diversos projetos que utilizam impressão 3D. “Percebemos que o tempo médio de produção era de cerca de duas horas por peça. Queríamos ganhar agilidade e reduzir o custo. Para tal, realizamos um redesign do protetor, com impressão de todas as peças através da tecnologia de corte a laser. Com isso, é possível produzir cerca de 30 unidades por hora”.

Além do ganho de tempo, o custo médio de cada máscara cai de R$ 20,00 para cerca de R$ 3,00, o que facilita a produção. Os primeiros protótipos foram realizados e testados na Unitec. Utilizaram uma máquina de corte a laser CNC com chapas de acrílico PETG. De acordo com Merib, o projeto tem capacidade para produzir até 400 unidades por dia, contando com a participação de voluntários e a doação dos insumos. “A X4 Tecnologia atua na solução de problemas da indústria e da sociedade. Conseguimos usar nossa expertise para melhorar a eficiência na produção destes equipamentos, que são muito importantes para auxiliar no combate ao novo coronavírus”.

Crédito: Rodrigo W. Blum

Para multiplicar a produção de protetores, a X4 Tecnologia decidiu compartilhar a solução de forma gratuita com outras empresas que tenham a máquina de corte a laser. Quem tiver interesse em reproduzir o projeto é só acessar aqui. Os insumos estão sendo doados por empresas, startups e funcionários do Tecnosinos, pela Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Tecnologia de São Leopoldo – ACIST-SL e pelos jesuítas da Unisinos. O projeto conta com apoio das Escolas de Saúde e Politécnica da Unisinos.

As empresas e pessoas interessadas em ajudar devem entrar em contato com o Tecnosinos, por meio do telefone (51) 99729-9001 ou pelo email unitec@unisinos.br.

O nosso website usa cookies para ajudar a melhorar a sua experiência de utilização.

Aceitar