O primeiro fim de semana de junho foi marcado pela saída de campo do curso de extensão Missão São Miguel: arqueologia e história na formação do RS. A atividade, coordenada pelo professor Jairo Rogge, trouxe aos estudantes o contato com os remanescentes arquitetônicos da região das missões.
Um grupo de 17 alunos, dos cursos de História e Psicologia, viajaram até a cidade de São Miguel das Missões, onde tiveram aulas sobre a formação da fronteira sul do Brasil, e a formação histórico-cultural do Rio Grande do Sul. O professor falou como foi a atividade. “Saímos de São Leopoldo na sexta à noite e iniciamos o curso em Santo Ângelo, no sábado pela manhã, com a visita guiada ao Museu Municipal, que possui um riquíssimo acervo da história local e de materiais oriundos da redução de Santo Ângelo Custódio, que ficava onde hoje é a praça central da cidade”, destacou.
Ainda no sábado, os estudantes visitaram a catedral onde ainda existem vestígios da antiga construção, que podem ser vistos através de “janelas” com vidros, no solo. Além da redução de São João Batista, os alunos visitaram as ruínas da redução de São Miguel, que é a mais bem conservada do Estado e patrimônio mundial da humanidade. À noite, o grupo assistiu ao show de som e luz, nas próprias ruínas, que conta a história das reduções jesuíticas no Rio Grande do Sul.
No domingo, os estudantes visitaram o Memorial da Coluna Prestes. “O museu traz registros sobre um evento importante na história do Brasil, entre 1925 e 1927, cujo ponto de origem foi a antiga estação ferroviária de Santo Ângelo, onde se encontra esse memorial”, explicou Jairo.
Para o professor, o grande diferencial dessa atividade é possibilitar aos alunos, além de uma imersão em um período de grande importância na formação do sul do Brasil e do estado gaúcho, ter essa experiência direta com o local onde esses fatos históricos aconteceram. “É uma forma bastante oportuna e eficiente de integrar ensino e aprendizagem com a sensação de ver e estar diretamente vinculado ao espaço físico desses eventos. Além disso, é uma experiência que possibilita maior contato e socialização entre os estudantes, aumentando sua capacidade de interagir e de respeitar o outro”, ressaltou.
O aluno do curso de História Rogério Carvalho, que participou da atividade de campo, relata o que esse tipo de aula tem de diferente. “Esta turma levará para a vida profissional a experiência de ter tido aulas in loco sobre as missões. É uma credibilidade que somente quem foi terá. A aula não tem começo e nem fim. Não havia descontração e aula, havia aula descontraída e isso foi durante toda a viagem. O professor Jairo, a todo momento, fazia questão de ressaltar a importância do lugar e do fato que estávamos assentados”, contou. Essa atividade acontece, anualmente, há mais de dez anos, e está formalizada como curso de extensão.