De 20 a 22 de maio, na Incubadora Tecnológica – Unitec, unidade de inovação e tecnologia da Unisinos, localizada no Campus São Leopoldo, ocorre o Startup Weekend Unisinos. O evento, organizado pela Techstars – maior rede de aceleradores do mundo – tem por objetivo formar novos empreendedores e criar comunidades de startups em todo país.
Em 54 horas de muita ação, os participantes, acompanhados de mentores, serão encorajados a ter boas ideias, validá-las, construir um modelo de negócio, desenvolver um protótipo e realizar uma apresentação para uma banca avaliadora.
Segundo a Associação Brasileira de Startups, o Rio Grande do Sul é o quarto Estado no país que mais possui startups, totalizando 211 empreendimentos. Entre eles, o Modelo de Negócio B2B (Business to Businees) é o que aparece com mais frequência. Quanto aos mercados, a forma SaaS (Web App) é a mais utilizada.
Segundo Luiz Gustavo Garrido, sócio do Garrido & Tozzi Advogados – que já atendeu mais de 200 startups e dezenas de investidores – empreender por meio de uma startup é um processo de aprendizagem rápida, cíclica e que certamente amadurece os empreendedores quanto ao real mundo econômico.
“Por visar a simplificação do processo produtivo, possibilita como vantagem o baixo custo para validação de projetos e a extrema agilidade para alterar todas as definições de negócio anteriores, porque se percebeu que não são suficientemente aceitas pelo mercado”, pontua Garrido.
Para o empreendedor, esta metodologia é abordada pelo autor Eric Ries no livro Lean Startup – um clássico para quem pretende iniciar a sua jornada de revolucionar a sociedade. “Por primar pela escalabilidade de suas soluções, outra vantagem competitiva das startups trata-se do foco em aumentar exponencialmente as receitas sem que isso implique em aumento proporcional de despesas. Portanto, há escala da margem de lucro – o que as torna tão atraentes entre os empreendedores e investidores desta década”, ressalta o fundador e diretor jurídico da Associação Gaúcha de Startups – AGS.
Segundo ele, além dos desafios inerentes a um negócio, tais como o desenvolvimento de um produto desejado pelo mercado, a concorrência, as ações de marketing, o fluxo de caixa e a prospecção de clientes, o startuper brasileiro possui desafios maiores que os startupers de outros países. “Isto porque a legislação brasileira, burocrática, em sua maioria acaba atrapalhando e dificultando os passos da startup, sem contar o acesso ao crédito, que além de difícil é caro, em virtude de juros exorbitantes”, frisa.
Garrido salienta, no entanto, que para uma equipe qualificada, que se entrega de corpo e mente a encontrar soluções, certamente os desafios serão superados e o empreendimento solucionará os problemas de grande parte da comunidade.
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