No segundo semestre de 2019, foi realizado o simpósio internacional de geologia entre Brasil e China (Annual Symposium on Geology of Brazil and China) organizado pelos professores Wilson Teixeira (USP), Farid Chemale Jr. (Unisinos) e Elson Paiva de Oliveira (Unicamp).
O simpósio iniciou com um workshop no Instituto de Geociências da USP, com apresentações e discussões científicas sobre a evolução e correlação geológica dos cratons São Francisco, Brasil, e Norte da China. “Esses dois espaços, muito provavelmente estiveram próximos geograficamente entre 1.8 e 1.3 bilhões de anos antes do presente”, afirma Farid.
Após o workshop, foi realizada uma excursão geológica ao longo dos Cinturões Paleoproterozóicos Mineiro e Auruminas, nos estados de Minas Gerais e Goiás, que formaram sistemas de montanhas há mais de 2 bilhões de anos, muito semelhante aos Himalaias atuais; do Quadrilátero Ferrífero (Minas Gerais), onde está um dos maiores depósitos de ferro do mundo; e dos depósitos marinhos da Bacia de São Francisco, gerados no final do pré-cambriano (Minas Gerais).
Além dos geólogos brasileiros, participaram da comitiva os geocientistas da China, que atuam no Instituto de Geologia e Geofísica da Academia Chinesa de Ciências (Pequim), Universidade de Geociencias da China (Wuhan), Instituto de Geoquímica da Academia de Geociências Chinesa (Guangzhou), e Laboratório de Geologia Marinha da Universidade de Tongji (Xangai). O próximo simpósio anual será em Pequim, com expedição científica ao longo dos cratons Norte da China e Sul da China. Esses eventos e intercâmbio científicos fazem parte do Acordo de Cooperação em Pesquisa entre o Instituto de Geologia e Geofísica da Academia Chinesa de Ciências e o Programa de Pós-Graduação em Geologia da Unisinos, firmado em junho de 2018.