Pesquisadores de nove países (Congo, África do Sul, Benin, Chile, México, Angola, Argentina, Portugal, Estados Unidos da América) e de vários estados do Brasil participarão do seminário Conversações Interculturais no Sul Global: Descolonização, Direitos culturais e Política em Debate. O evento ocorrerá nos dias 20 e 21/11, no Auditório Maurício Berni, no campus São Leopoldo.
“Assistimos a uma transição do colonialismo moderno à colonialidade global”, aponta a coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos do Programa de Pós-graduação em Direito, Fernanda Frizzo Bragato. Ela afirma que o mundo, como um todo, continua colonizado, muito embora a ocupação de territórios esteja praticamente erradicada.
A professora explica que os processos de exclusão social têm uma relação direta com o fenômeno da colonialidade, uma vez que o colonialismo se consolidou a partir de um discurso de superioridade europeia-ocidental. Fernanda observa ainda que o colonialismo criou uma linha que separou o mundo em dois lados: um desenvolvido, da ciência, da razão, do progresso e da riqueza; e, outro, do atraso, da barbárie e da pobreza.
A coordenadora destaca que “a expectativa para o evento é a de que a temática do descolonialismo adquira visibilidade no meio acadêmico”. O seminário é organizado em parceria com a Universidade Regional Integrada – Santo Ângelo e com a Universidade de Santiago do Chile. Além da edição na Unisinos, ocorrerá outro debate em São Miguel das Missões, nos dias 17 e 18/11.
A programação completa pode ser acessada no site do evento. As inscrições vão até 17/11 pelo mesmo endereço.