A 14ª Semana da Imagem na Comunicação ocorrerá de segunda-feira, 15 de agosto, a quinta, 18. O evento abordará o assunto Memórias das imagens, imagens da memória, e contará com a participação de quatro pesquisadores de áreas interdisciplinares. Das 20h às 22h, no Auditório Bruno Hammes (Campus São Leopoldo), os convidados abordarão o tema central sob diferentes perspectivas.
A Semana é promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) e organizada pelo grupo de pesquisa Audiovisualidades e Tecnocultura: Comunicação, Memórias e Design (TCAV). Entre seus objetivos, estão avaliar o estatuto da imagem na contemporaneidade e o impacto do software nos processos de comunicação, bem como implementar a articulação entre o ensino de graduação e a pesquisa de pós. Confira a programação:
Segunda-feira (15/08)
Título: A dupla face da memória – experiência subjetiva e rememoração histórica.
Convidado: César Guimarães, professor e pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), estuda as áreas de cinema moderno (ficção e documentário) e experiência estética. Entre outras obras, é autor de Imagens da memória: entre o legível e o visível (UFMG, 1997).
Resumo: A partir do estudo do processo criador dos diários cinematográficos de Davi Perlov, e detendo-se sobretudo na sua experiência brasileira, a conferência abordará como a escritura fílmica de Perlov faz das imagens da memória uma superfície de dupla face – como a banda de Moebius – que passa do interior ao exterior, do dentro ao fora, da experiência subjetiva à experiência social e histórica.
Terça-feira (16/08)
Título: Imagens ruidosas.
Convidada: Giselle Beiguelman, artista e professora Livre-Docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Dedica-se a pesquisas na área de preservação da arte digital, do patrimônio imaterial e do design de interface. É autora de livros como Nomadismos Tecnológicos (Senac, 2011) e Futuros Possíveis: Arte, Museus e Arquivos Digitais (Peirópolis, 2014).
Resumo: A conferência abordará imagens que têm o princípio de desordem como paradigma essencial para sua fruição. Apresentará e proporá uma investigação sobre estéticas do ruído, em particular o glitch, e os modos pelos quais dialogam com espaços fragmentados e as experiências que temos das fraturas urbanas.
Quarta-feira (17/08)
Título: Memória Ubíqua.
Convidado: Massimo Canevacci, professor de Antropologia Cultural e de Arte e Culturas Digitais na Faculdade de Ciências da Comunicação, Universidade de Roma. Como professor visitante, atuou em diversas universidades europeias, americanas e asiáticas. Desde 1984, ensina e faz pesquisa também no Brasil. Atualmente, é professor visitante no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). Entre suas obras, estão Comunicação Visual (Brasiliense, 2009) e Fetichismos Visuais – Corpos Erópticos e Metrópole Comunicacional (Ateliê Editorial, 2008).
Resumo: A palestra buscará debater culturas digitais e comunicação visual, propondo uma reflexão sobre memória. Irá se concentrar nas tensões presentes em uma abordagem conceitual capaz de propor uma visão particular sobre a relação entre espaço-tempo, com ênfase nas tensões a partir das quais se mistura a relação entre passado, presente e futuro.
Quinta-feira (18/08)
Título: A televisão no Brasil antes de Chateaubriand – a construção de um imaginário sobre o meio através da imprensa.
Convidado: Roberto Tietzmann, realizador audiovisual, professor e pesquisador da Faculdade de Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). Coordenador do grupo de pesquisa ViDiCa – Cultura Audiovisual Digital e coordenador adjunto do DaVis, projeto de pesquisa interdisciplinar de mineração visual de dados. Suas principais áreas de pesquisa estão nas fronteiras entre o audiovisual, o design e a tecnologia.
Resumo: Anos antes de um meio de comunicação estar presente no cotidiano, um imaginário a seu respeito começa a ser formado. Por exemplo, há numerosas evidências que a televisão no Brasil já era comentada nos principais jornais do país desde a década de 1920, definindo suas funções e modos de operação muito tempo antes de sua efetiva implantação, em 1950, na TV Tupi de Chateaubriand. Assim como o antecipam, essas estéticas e esses repertórios também permanecem influentes, o que pode ser observado em formatos e gêneros da televisão que continuam a ser relidos em tutoriais online contemporâneos.
Mais informações na página do evento.