O Concurso de Outdoor é uma das formas que os alunos de Publicidade e Propaganda têm de divulgarem os seus trabalhos dentro do campus. O outdoor, em questão, está localizado próximo ao estacionamento dos transportes universitários, um ponto que possibilita a visualização de grande parte da comunidade acadêmica. Guilherme Caon, professor do curso, costuma aproveitar o concurso nas atividades em sala de aula, e como não havia um assunto para a próxima edição, sugeriu um tema. “A estratégia de utilização de datas comemorativas é algo comum em agências de propaganda e, ao pesquisar o que haveria no mês, me deparei com o dia da Consciência Negra (20 de novembro)” fala.

Dentro desse tema, Guilherme considerou dois fatores muito interessantes. “Primeiro, podemos tratar de algo que não seja a publicidade comercial, na qual os alunos já estão acostumados. Assim, eles saem um pouco do dia a dia deles e vão se informar sobre algo que é completamente externo. Isso é muito importante para um publicitário que necessita trabalhar com diferentes públicos. Segundo, porque obviamente a data é muito relevante do ponto de vista da formação do nosso povo e nossa cultura, e fazer algo em prol de comunidades que sofrem muita discriminação é gratificante”, conta ele. No briefing proposto aos alunos da disciplina de Direção de Arte, Guilherme solicitou que eles fizessem uma mensagem marcando a data e realçando o combate ao preconceito. Foram duas semanas, desde o desenvolvimento das ideias até a criação do material gráfico.

“Ao ler o briefing, buscamos levantar a questão do preconceito. Não podemos julgar uma pessoa simplesmente por ela ter mais melanina que a outra. E foi este o ponto que tentamos passar na arte do outdoor: diferentes cores para simbolizar os tons de pele existentes”, explica Fernanda Stecanela, vencedora do concurso em parceria com Jeverson Soares. O trabalho dos estudantes brincou com tons de cores para chamar a atenção do público, perguntando ‘Qual a cor do preconceito?’ e respondendo no texto de apoio ‘A cor não te limita’. “Não é a cor que vai determinar o quanto somos bons, e essa mensagem, queremos passar para o público. Não existe raça superior. Atingiremos nosso resultado, a partir do momento que os leitores começarem a se questionar sobre o tema e saber mais sobre ele”, esclarece.

O trabalho final de Fernanda e Jeverson já pode ser visto no outdoor. Além disso, alguns trabalhos estão expostos nas paradas de ônibus do campus. E, abaixo, você pode conferir as outras artes que concorreram.