Segundo dia do Fórum Brasil Coreia movimenta o campus

Segundo dia do Fórum Brasil Coreia movimenta o campus

A plateia acompanhou os painéis da segunda noite do 5º Fórum Brasil Coreia nessa quinta-feira (13/8), no Anfiteatro Padre Werner. Daeyoung Kim, do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia (Kaist), e Luiz Blos, da Intel, falaram sobre sensores de Identificação por Rádio Frequência (RFID) e IoT (Internet das Coisas) na Saúde: casos de uso e oportunidades; e Kwang Seong Choi, do Instituto de Pesquisa em Eletrônicos e Telecomunicações (ETRI), e Muhannad Bakir, da Georgia Tech, abordaram o tema Tecnologias de encapsulamento para dispositivos médicos – Tecnologia de ligação em baixas temperaturas para IoT flexível.

No primeiro painel, Kim relatou os esforços da Kaist para construir sensores móveis voltados para a área da saúde. Blos chamou a atenção para o fato de que os avanços tecnológicos podem não ser absorvidos em regiões com Internet lenta, o que deve piorar pelo aumento de dados. A plateia interagiu com várias perguntas, as quais foram mediadas pelo professor Cristiano Costa, da Escola Politécnica.

No segundo painel, Choi explicou como se desenvolve o trabalho com componentes, temperatura e soldas para a produção de sensores. Bakir, por sua vez, apresentou o trabalho que lidera na Georgia Tech à frente de 13 PhD e deixou uma mensagem de otimismo principalmente aos alunos. “Vocês estão trabalhando em um ambiente com equipamentos de ponta para construir tecnologia. Tirem vantagem dessa oportunidade que a Unisinos oferece. Olhem para o futuro, inventem novas tecnologias. Que no futuro possamos ser parceiros, eu quero que isso aconteça”.

As palestras da tarde de quinta-feira começaram com o professor Kwang Seong Choi, do Centro de pesquisa ETRI (Electronicsand Telecommunications Research Institute), laboratório sul-coreano que desempenha importante papel no desenvolvimento de novas tecnologias no setor de telecomunicações. O tema foi “CI 3D design baseado em tecnologia TSV (Through Silicon Via) para aplicações médicas”.

A tecnologia de criação TSVs é usada como parte do processo de fabricação de um chip 3D. O CI 3D é um circuito integrado tridimensional com um chip de duas ou mais camadas de componentes eletrônicos ativos, com integração horizontal e vertical em um único circuito. A tecnologia TSV permite a miniaturização sem perda de qualidade, com a produção, por exemplo, de raio x colorido e radares supersensíveis.

O segundo tema da tarde foi “A abordagem da NovaGênesis para uma Internet do futuro, explorando os benefícios na área da saúde”, desenvolvido pelo professor adjunto do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), um centro de excelência em ensino e pesquisa na área de Engenharia, de Minas Gerais, Antonio Alberti, mestre e PhD pela Unicamp e por um ano pesquisador visitante no ETRI, na Coreia do Sul. Hoje, Alberti é arquiteto chefe do projeto de Tecnologias de Comunicação e Informação (ICT) Convergente NovaGenesis. A NovaGenesis é uma arquitetura de informações que integra ingredientes de Internet do Futuro como Internet das Coisas, redes cognitivas e inteligência artificial.

O professor Ho Jung Chang, da Dankook University, pioneira após a criação da república moderna da Coreia do Sul, em 1948, que participa pela terceira vez do Fórum, detalhou os “Dispositivos optoeletrônicos para aplicações na medicina”. A optoeletrônica envolve várias técnicas que usam a ótica, ou seja, a luz. Chang centrou sua palestra na fototerapia, como usar a luz de LED para fins terapêuticos. Ele explicou que a fototerapia pode ser dividida em duas grandes áreas: a de baixo nível e terapia por lazer fotodinâmico.

Yong Woo Kwon, da Hongik University, da Coreia do Sul, palestrou sobre “O básico de nanomateriais e suas aplicações à assistência médica”. A nanomedicina consiste em usar nanopartículas, nanorobôs e outros elementos em escala nanométrica para curar, diagnosticar ou prevenir doenças, principalmente cânceres.

Na última palestra da tarde, o coordenador da Capes e professor da UFRGS, Philippe Olivier Alexandre Navaux, falou sobre “Computação de alta performance: rumo às máquinas de exascale”. Países como Japão, China e EUA estão numa disputa para alcançar até o final da década a computação exascale, que promete aumentar em mil vezes o poder de processamento dos computadores. O esforço de governos e fabricantes é para projetar supercomputadores com escala de exabytes para solucionar grandes problemas globais nas áreas de medicina, defesa, energia e ciência.

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