Saúde e tecnologia

Professor do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada faz pesquisa na Alemanha

Até setembro de 2016, o professor Cristiano Costa, do Programa de Pós-Graduação em Computação Aplicada da Unisinos, estará na Friedrich-Alexander-Universität Erlangen-Nürnberg (FAU) em Erlangen no estado da Bavária na Alemanha. O professor integra o quadro de docentes visitantes da instituição e está trabalhando no projeto uHospital

A pesquisa busca incluir sinais vitais de pacientes internados em hospitais com o Prontuário Eletrônico Pessoal ou do inglês Personal Health Record (PHR). Uma vez integrado, esses dados podem ser usados para monitorar o paciente de forma inteligente, antecipando possíveis problemas de saúde e otimizando recursos. “Meu vínculo na FAU é com o Patter Recognition Lab. O grupo é muito atuante em projetos de pesquisa aplicada com a indústria e tem parcerias com empresas como Siemens, Adidas e Bosch”, conta Cristiano.

O professor diz que está trabalhando em uma área que envolve vários conceitos da computação, particularmente da computação móvel e ubíqua, aplicada ao campo da saúde. “A computação ubíqua, e mais recentemente a Internet das Coisas, tem permitido aproximar os dispositivos das pessoas de forma a permitir um uso computacional próximo da necessidade e do dia a dia delas”, destaca.

Para Cristiano, cada vez mais a computação é usada como ferramenta em diferentes áreas, dessa forma, as contribuições para a área da saúde são enormes. “O uHospital tem vários aspectos inovadores. O primeiro é o fato de considerar que cada pessoa é dona de seu prontuário eletrônico. A cada ida ao médico, hospital ou realização de exames, o PHR é complementado com novas informações, que vão ser gerenciadas pela própria pessoa, a partir do seu smartphone ou tablet, e compartilhados em próximas interações com profissionais da saúde. O segundo aspecto inovador é o fato do PHR ser representado de forma semântica e não como é tipicamente armazenado em bancos de dados relacionais. Isso permite que associações de informações sejam feitas a partir do significado dos conceitos”, enfatiza o pesquisador.

O professor ainda ressalta outros dois pontos que retratam o perfil inovador da pesquisa. “O terceiro aspecto a destacar é a possibilidade de integrar ao PHR informações obtidas de sensores, como wearables – que a pessoa possa vestir, como os relógios inteligentes – e o próprio smartphone. O quarto aspecto é a possibilidade de usar algoritmos inteligentes, tipicamente baseados em uma técnica chamada de machine learning, para correlacionar os dados do prontuário da pessoa e descobrir potenciais riscos à saúde”, explica Cristiano.

Segundo o docente o uHospital traz um ganho duplo para o paciente, que ao gerenciar seu PHR pode complementar informações ou corrigir discrepâncias. Outra vantagem é o fato de não se perderem informações, pois todo o histórico do paciente está sempre disponível, o que facilita a interoperabilidade entre diferentes provedores de saúde e até mesmo entre distintos idiomas. “Além disso esse projeto permite acompanhar mais proximamente pessoas com doenças crônicas”, complementa o pesquisador.

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