Relatos de iniciação científica

Alunas contam suas experiências com a pesquisa

Crédito: Rodrigo W. Blum

Começou nesta segunda-feira, 29 de maio, a 24ª Mostra Unisinos de Iniciação Científica e Tecnológica. A conferência de abertura ocorreu no Auditório Central do Campus São Leopoldo e contou com relatos de alunas da Escola de Saúde que passaram pela experiência de pesquisa.

Ao abrir o evento, a diretora adjunta da Unidade Acadêmica de Pesquisa e Pós-Graduação, professora Dorotea Kersch, destacou a importância da atividade: “É aqui que vocês, estudantes, começam a despertar para a pesquisa. A iniciação científica é um diferencial para a formação acadêmica e profissional, uma oportunidade que a Instituição oferece”.

Crédito: Rodrigo W. Blum

A professora Priscila Lora, do Mestrado Profissional em Enfermagem, coordenou a mesa. Antes de passar a palavra às alunas, Priscila apresentou as modalidades de bolsas de pesquisa disponíveis na Unisinos, que podem ser conferidas no site.

Caminho de descobertas

A doutoranda em Psicologia Cibele Carvalho foi a primeira a compartilhar sua história. Ela contou ter se interessado pela pesquisa graças à possibilidade de ampliar a visão teórica que tinha da sala de aula. Isso aconteceu quando cursava o quarto semestre da graduação em Psicologia. Desde então, Cibele não parou de pesquisar.

Crédito: Rodrigo W. Blum

“Em setembro agora, farei doutorado-sanduíche nos Estados Unidos. Essa será uma oportunidade de aprender com os pesquisadores de lá e de levar o conhecimento daqui, de compartilhar o resultado das nossas pesquisas”, comentou.

De acordo com a aluna, a iniciação científica foi fundamental para que seguisse na carreira acadêmica. Ela também destacou a importância do contato com produções nacionais e internacionais e finalizou encorajando os alunos a “buscarem novas perguntas que precisam de novas respostas”.

Para a enfermeira Natália Britz de Lima, a curiosidade pela pesquisa foi o que a fez participar da iniciação científica do Programa de Pós-Graduação em Psicologia.

Natália investigou a percepção das mulheres sobre o câncer de colo de útero e, como resultado do trabalho, participou da elaboração de uma cartilha sobre a doença. O documento, escrito de forma acessível inclusive para o público leigo, rendeu-lhe um prêmio em congresso de oncologia do Hospital Mãe de Deus, bem como menção honrosa na Unisinos.

Crédito: Rodrigo W. Blum

Como dica ao público, Natália afirmou que a iniciação científica é rica em muitos sentidos: “A gente desenvolve a leitura, fica mais criteriosa, conhece mais e trabalha a capacidade de avaliação e interpretação”.

Quem também se beneficiou com a pesquisa foi a graduanda de Biomedicina Mariana Sales. Dois anos atrás, a aluna entrou para a iniciação científica do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Era a única participante da Biomedicina.

“Eu estudei o tema da violência contra a mulher, que não era bem minha área, mas aos poucos percebi que eu poderia ir além. Fui aprendendo a enxergar a saúde de forma multidisciplinar, descobrindo as profissões dos meus colegas e, ao mesmo tempo, vendo o meu conhecimento contribuir com outras áreas”, contou Mariana.

A aluna chegou a ganhar o prêmio destaque em ciências da saúde na 23ª Mostra de Iniciação Científica e Tecnológica da Unisinos. “A iniciação científica foi essencial para meus estágios em pesquisa. Agora eu sei que o aprendizado vai comigo aonde eu for”, concluiu.

Por fim, foi a vez de a graduanda em Farmácia Patrícia Weiner compartilhar o seu envolvimento com a pesquisa. Bolsista do Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos desde 2016, Patrícia falou sobre o estudo de moléculas de plantas e alimentos para benefícios à saúde humana.

A estudante ressaltou como positiva a oportunidade de trabalhar com equipes multidisciplinares, como nutricionistas, biomédicos e engenheiros. “A pesquisa é desafiadora e nela não existe caminho 100% certo. Pessoas diferentes oferecem diferentes visões para um mesmo tema”, sublinhou.

Crédito: Rodrigo W. Blum

Encerrando as falas, a professora Priscila Lora palestrou sobre Práticas Baseadas em Evidências (PBE), mostrando que a informação embasada na investigação científica oferece o melhor resultado para orientações na área da saúde. “A pesquisa nos ajuda nas questões do dia a dia, mas também são as questões do dia a dia que alimentam a pesquisa”, finalizou.

As atividades da Mostra seguem até quinta-feira, 01 de junho. Mais informações no site do evento.

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