A necessidade de isolamento social diminuiu a circulação de pessoas e veículos nas ruas em 2020. Nos campi da Unisinos não foi diferente, isso reduziu a produção de resíduos sólidos, emissão de gases, como o monóxido de carbono e, também, diminuiu a geração de efluentes laboratoriais e esgotos domésticos. O que resultou em menos impactos ao meio ambiente. Mas o ano foi atípico, de forma geral, o impacto ao meio ambiente é muito significativo todos os anos. Por isso, a matriz energética dos campi da Unisinos é de extrema importância, afinal, é um tema essencial para a manutenção da política ambiental.
A instituição tem em seu DNA a sustentabilidade e isso se reflete, diariamente, em diversas atividades realizadas pelo Sistema de Gestão Ambiental (SGA). “Uma série de ações foi planejada e implementada pela Universidade buscando associar maior disponibilidade energética para a Unisinos versus o uso de energias alternativas, renováveis ou energias de baixo carbono”, conta o responsável pelo SGA e pela qualidade dos laboratórios dos Institutos Tecnológicos, Marcelo Oliveira Caetano. Podem ser muitas as opções de energias disponíveis no mercado, mas a Unisinos utiliza a incentivada que é oriunda de usinas solares, eólicas, biomassa e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH). “Assim sendo, a contratação da energia incentivada representa a utilização de uma matriz energética, considerada mais limpa e com menos impactos ambientais”, avalia o consultor da Unisinos, Adriano Klein.
A Universidade se mantém atenta às questões de sustentabilidade e atua junto ao SGA na busca constante por alternativas que visam à manutenção da política e dos objetivos ambientais. Isso inclui a identificação e tratamento dos principais potenciais aspectos e impactos ao meio ambiente, gerenciamento eficiente dos resíduos sólidos gerados e dos efluentes domésticos e de laboratórios. O Campus São Leopoldo conta com duas Usinas Fotovoltaicas. “Além de ser uma fonte de energia ambientalmente adequada, significa uma economia no consumo de energia elétrica no campus”, explica o responsável pelo SGA.
Com foco na otimização energética, a Universidade atuou na substituição de mais de dez mil lâmpadas de vapor metálico e fluorescentes de diferentes Watts por lâmpadas LED. Com essa e outras ações implementadas em anos anteriores, a Unisinos alcançou uma economia no consumo de energia elétrica, no Campus São Leopoldo, na ordem de 1.620 MWh/ano, sendo 223 MWh/ano oriundos das Usinas Fotovoltaicas. Ao fazer um comparativo, essa economia total corresponde, por exemplo, ao abastecimento médio de 700 residências. “No Campus Porto Alegre, como trata-se de uma instalação recente, os conceitos de sustentabilidade já foram levados em consideração na concepção do projeto. Questões como telhados verdes, fachadas ventiladas e isolantes térmicos são alguns princípios que auxiliam na redução da carga térmica dentro do prédio e do consumo de ar condicionado”, afirma Marcelo.
Em 2020, o SGA Unisinos ainda desenvolveu atividades de capacitação online para a comunidade acadêmica. No total, 300 pessoas foram capacitadas nas rotinas ambientais da Universidade. “Os professores disponibilizaram vídeos para os alunos, em que foram explicadas algumas ações para contribuir com a preservação do meio ambiente”, ressalta Marcelo. Com as adaptações necessárias, o departamento desenvolveu rotinas específicas para separação, coleta, transporte e tratamento de resíduos de saúde, principalmente, luvas e máscaras. A ação contribuiu para a preservação e cuidado com a saúde da comunidade.
Esta matéria foi escrita em meados de 2021, referente ao Balanço Social 2020.