Professores voltam à sala de aula

Capacitação docente promoveu 34 atividades para troca de conhecimento

Crédito: Ângelo Gabriel

Enquanto os alunos aproveitam os últimos dias de férias, professores da Unisinos se preparam para o retorno das aulas. Eles participaram das atividades de formação docente, que, neste ano, integraram as celebrações dos 50 anos da Universidade. Com o tema “Experiências que trans/formam”, foram três dias de troca de conhecimentos, com 34 atividades como oficinas, reuniões de planejamento e o Café com Ideias.

Em função do cinquentenário, algumas oficinas buscaram trazer um pouco das raízes da instituição, como explicou a coordenadora de Formação Docente, Viviane Weschenfelder: “Queremos olhar para o ethos que nos constitui universidade jesuíta e construir juntos as próximas décadas na nossa história”, colocou a professora.

O primeiro dia contou com seis atividades, dentre elas a “Exercícios espirituais: pressupostos para discernir e fazer escolhas em ‘tempos difíceis’”, ministrada pelo padre e professor Adilson Felicio Feiler. O jesuíta apresentou os exercícios que eram praticados por Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, e a relação com os pensamentos filosóficos até os dias de hoje. “Além de poder conhecer alguns critérios de discernimento, esse é um assunto fundamental no que tange o DNA jesuíta”, disse Adilson.

Betina Guedes, professora das escolas de Humanidades e da Indústria Criativa, também foi ministrante. Ela comandou a oficina “Compartilhar olhares e criar percursos: uma roda de conversa sobre arte e docência”. O debate girou em torno dos painéis do pintor Paulo Porcella, expostos na Biblioteca Unisinos, que retratam a história da Companhia de Jesus. Betina acredita que a arte pode contribuir muito para a construção de pensamento do professor. “A forma do artista pensar e trabalhar nos fazem pensar à docência, porque provoca, mostra que não há uma maneira única de atuar como professor e se relacionar com o conhecimento”, afirmou.

Presente na oficina, a professora Sabrina Vier, que atua nas escolas da Indústria Criativa, de Gestão e Negócios, e ainda de Humanidades, achou a atividade muito produtiva. Ela acredita que é essencial a problematização da docência em relação ao lugar dos professores dentro da universidade. “Muitas vezes, a nossa formação não é deste momento, então é importante a gente, como colegiado, pensar juntos sobre esse novo tempo, esse novo aluno, diferente do que nós fomos”, observou.

Outra oficina que os professores puderam participar foi “A fotografia como extensão do olhar: transformando percepções cotidianas sobre o campus em imagens fotográficas”, que desafiou todos a observarem o campus São Leopoldo com mais atenção, percebendo os espaços e as pessoas. A professora do curso de Fotografia Márcia Molina foi a ministrante. “Fizemos um resgate histórico e pessoal de cada um por meio da fotografia. Tivemos um momento em sala de aula com apresentação de técnicas e imagens para inspiração, mas depois, uma parte mais prática, em que cada um saiu em busca imagens que fizessem algum sentido para eles”, explicou.

Debora Oliveira tirou fotos da escadaria que leva para as salas da Escola Politécnica. Ela, que é professora justamente da Politécnica, escolheu essa oficina por ser de uma área de conhecimento diferente da dela. Debora afirmou que esses momentos são essenciais, pois fazem com que os professores das mais variadas áreas possam trabalhar juntos e se conhecerem melhor. “O principal ganho desses momentos é conectar os professores, trazendo olhares diferentes para um mesmo problema”, observou.

Crédito: Ângelo Gabriel

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