A aluna da Escola Politécnica da Unisinos, Marlone Bom, foi selecionada para realizar análises nos laboratórios do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). Os experimentos aconteceram nos dias 30 e 31 de março e 1º de abril, em Campinas, São Paulo.
O estudo de Marlone trata sobre o mapeamento em alta resolução de microfósseis calcários para melhoria de reconstruções de paleotemperatura no K-Pg. A proposta da pesquisadora foi uma das 125 selecionadas pelo edital do CNPEM para utilizar a maior e mais complexa infraestrutura de pesquisa do país.
“Para mim, essa experiência foi o auge da minha carreira na parte de experimentação, foi uma experiência única. E conseguir essa oportunidade, muito foi por causa dos experimentos prévios que realizei no itt Oceaneon, aqui na Unisinos”, explica Marlone.
A próxima etapa é a de interpretação dos dados obtidos para a produção de um artigo sobre a pesquisa. Para ela, até o momento, os resultados são considerados positivos.
“Acredito que consegui cumprir 100% da minha meta, que era mapear 10 espécimes. Então isso é um sucesso, pois vi que tem pesquisadores que não conseguem mapear tantos”, avalia a doutoranda.
Tecnologia a favor da ciência
De acordo com a pesquisadora, os microfósseis calcários são poderosas ferramentas para reconstruções paleoceanográficas e paleoclimáticas. O uso desses microorganismos permitem obter dados de diferentes profundidades na coluna d’água.
“Este experimento fará parte do primeiro estudo de caso de alta resolução a identificar fases de carbonato para reconstruções de paleotemperatura abrangendo um intervalo de tempo de crise biótica ocorreu há cerca de 65 milhões de anos”, diz a pesquisadora.
Análises desse tipo, auxiliam na compreensão da dinâmica do sistema terrestre durante eventos hipertermais, o que possibilita entender os cenários climáticos futuros. Este estudo inédito para o tempo K-Pg intervalo irá melhorar as interpretações de como o Oceano Atlântico respondeu ao passado global eventos de aquecimento.
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