Visando entender os prognósticos futuros de como o aquecimento global pode impactar a dinâmica dos ambientes, o pesquisador do Instituto Tecnológico de Paleoceanografia e Mudanças Climáticas – itt Oceaneon, Guilherme Krahl, participou de uma expedição na Patagônia chilena, em fevereiro deste ano.
“O campo foi muito produtivo. Os únicos pontos desafiadores eram as condições climáticas, que oscilavam dia a dia”, explicou Krahl.
Entre os objetivos estavam investigar a presença de microfósseis e fazer a análise química (geoquímica) das rochas coletadas na região. Além disso, também foi possível entender algumas condições ambientais pretéritas do local. A viagem, que durou 13 dias, contou também com a presença de pesquisadores da área de geologia do Chile.
“Foi uma experiência muito boa em termos de dinâmica de trabalho e também um desafio trabalhar com adversidade climática, muito distinta do Brasil”, contou o pesquisador. As amostras coletadas passarão por estudos e análise nos laboratórios do itt Oceanon, na Unisinos.
A pesquisa, segundo Krahl, é a primeira a estar em áreas de altas latitudes e, ainda, uma localidade pouco explorada do ponto de vista da micropaleontologia.
Os próximos passos do estudo serão as análises e estudos. Krahl acredita que até o final de 2023 os resultados da expedição estarão prontos.