No ano em que celebra seus 18 anos de trajetória, a Orquestra Unisinos Anchieta retoma sua série de concertos da temporada 2014 trazendo da Alemanha um dos mais elogiados mestres e intérpretes do oboé em todo o mundo. Christoph Hartmann, prodigioso musicista europeu (que aos 13 anos já era destaque), atualmente oboísta da consagrada Orquestra Filarmônica de Berlim é o solista convidado para a Série Concertos Magis, que se realizará no teatro do Centro Histórico-Cultural Santa Casa, em Porto Alegre (Av. Independência, 75), neste sábado, 26 de julho, às 20 horas. A entrada é franca, com retiradas de senhas na bilheteria do local, das 9 às 18 horas.
Repertório
Para ouvir o virtuosismo técnico e a musicalidade refinada de Christoph Hartmann, mostrando o oboé como um instrumento máximo de sua expressão, o maestro e diretor artístico da Orquestra Unisinos Anchieta, Evandro Matté, selecionou peças adaptadas ou arranjadas para o musicista. Do repertório um dos mais influentes e prolíficos compositores, o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1791 – 1791). Na seqüência, a audição de três famosos compositores italianos do período operístico, começando por Giacomo Puccini (1858 – 1924), um dos maiores expoentes das óperas realistas, tem-se Crisantemi, Elegia para Orquestra de Cordas, seguido por Giuseppe Verdi (1813- 1901), um dos mais executados em todo o mundo, tido em sua época como o maior compositor nacionalista, a execução de Prelúdio da ópera “La Traviata“. Na conclusão, o merecido resgate na obra de Antonio Pasculli (1842-1924), elogiado oboísta e compositor, conhecido como “o Paganini do oboé”, de quem se interpreta Simpatici ricordi della “Traviata”. Obra que exige extraordinário virtuosismo, aqui apresentado por Hartmann, que gravou o CD Fantasia Italiana, dedicado às paráfrases de ópera de Pasculli, apresentado em 2007 pela gravadora EMI em todo o mundo, recebendo excelentes críticas de públio e revistas especializadas.
A Orquestra Unisinos Anchieta
Fundada em 1996, pelo maestro José Pedro Boéssio a orquestra realiza uma programação artística diversificada, atendendo a diferentes perfis de público e buscando a renovação de ideias, abordagens, leituras, além de promover associações inesperadas pela música de concerto, contemporânea e popular. A proposta é ir além da simples oferta de apresentação da orquestra. O projeto segue conceito de empreendimento cultural: garantir o acesso não apenas à música de concerto, mas a outras linguagens vinculadas às raízes musicais brasileiras e ao repertório de importantes compositores populares. A configuração original da orquestra é composta por instrumentos de cordas. Contudo, o conjunto se adapta às necessidades de cada espetáculo, convidando músicos das outras famílias de instrumentos. Vencedora do Prêmio Açoriano de Música, em 2005 a orquestra entrega ao público o diferencial de espetáculos com inclusão de outras linguagens cênicas, tais como teatro, dança e artes plásticas. A Direção Artística e Regência dos concertos estão sob a responsabilidade de Evandro Matté.