Museu de Geologia recebe exposição comemorativa  dos 55 anos da chegada do homem na Lua

A mostra “Conquista da lua” conta com um acervo de fotos, jornais, revistas e um fragmento de meteorito lunar

Crédito: Fábio Florisbal Goulart

O Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul (MHGEO), localizado no campus de São Leopoldo da Unisinos, apresenta, durante todo o segundo semestre deste ano, a exposição “Conquista da Lua”, em parceria com o Museu Itinerante, projeto do geólogo e pesquisador do Instituto Tecnológico de Paleoceanografia e Mudanças Climáticas, Rodrigo Guerra, que conta com diferentes peças do seu arquivo pessoal. 

Para o curador, que já constrói o acervo desde 2010, trabalhar com o assunto do homem na lua sempre foi motivo de muita inspiração. “A jornada mais épica do ser humano foi sair do nosso planeta e ir para a lua”, comenta Rodrigo. O arquivo possui uma réplica da nota fiscal da compra das águas levadas na viagem – compradas em território brasileiro –, jornais, selos e revistas do ano em que o homem pisou na lua, além de um pedaço de meteorito lunar. Há ainda uma réplica da placa deixada pelos astronautas na lua, e uma cópia de uma pegada do astronauta Neil Armstrong, feita por fotogrametria, um método que utiliza imagens para criar uma modelagem 3D. 

Crédito: Mariana Mildner

Ao se deparar com a exposição, o visitante tem a sensação de estar diante da lua. Para a laborista Gabriela da Rosa Corrêa, que recebe o público, além do pequeno fragmento do meteorito, também acha curioso o documento que comprova a venda de água para a viagem lunar. “O interesse pela ciência na época, isso me toca bastante, saber que o Brasil estava ligado no assunto”, explica Gabriela. 

A ideia do Museu Itinerante surgiu em 2017, durante uma apresentação para o Diretório Acadêmico de Geologia da Unisinos. Rodrigo palestrou sobre os meteoritos em território gaúcho e apresentou o seu acervo. A partir disso, o geólogo pensou: “Por que não levar seu material para as pessoas na rua? Por que ter um acervo tão grande para ficar na minha casa?”. Assim, nasceu o Museu Itinerante. A primeira exposição, inclusive, foi no centro de Carlos Barbosa, sua cidade natal. O projeto faz parte do sonho de Rodrigo em ter um espaço físico para seus arquivos, onde professores e estudantes consigam explorar mais sobre os diferentes assuntos que envolvem a geologia. O perfil do museu pode ser acessado via Instagram (@museu_itinerante). 

Crédito: Mariana Mildner

Outras novidades no Museu 

Além da exposição “Conquista da Lua”, o MHGEO conta com exposições fixas sobre a evolução geológica do Estado. “As mostras apresentam como a paisagem mudou com o passar dos anos até as configurações geográficas atuais, incluindo as formas de vida que estavam aqui”, explica o paleontólogo e curador do Museu, Rodrigo Scalise. O acervo conta com cerca de 16 mil diferentes fósseis de animais, plantas e microrganismos, além do fóssil mais antigo do Rio Grande do Sul.  

Crédito: Fábio Florisbal Goulart

O MHGEO recebeu recentemente do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (CAPPA) réplicas em tamanho real de dois animais: um Maehary banapartei, ancestral das aves, e um Irajatherium hernandezi, ancestral dos mamíferos. Também foi recebido um fóssil completo de Massetognatus ochagaviae, espécie ancestral dos mamíferos, encontrado nas formações geológicas de Santa Maria e Caturrita e reconstituído pelo CAPPA. 

Um espaço riquíssimo 

Na quarta-feira (18/09), o MHGEO recebeu os alunos de oitavo e nono ano da Escola Estadual Jardim Planalto, de Esteio. A visita contou com 45 estudantes, que participaram de uma pequena palestra sobre as evoluções geológicas que aconteceram no Estado. 

Crédito: Fábio Florisbal Goulart

Para o aluno do oitavo ano Pablo Kirst, o mais interessante do Museu foi contemplar a espiral que ilustram todas as eras. “Achei aquilo espetacular, principalmente porque tem várias figuras que mostram desde os nossos ancestrais até hoje”, comenta.  Para o aluno do oitavo ano Pablo Kirst, o mais interessante do Museu foi contemplar a espiral que ilustram todas as eras. “Achei aquilo espetacular, principalmente porque tem várias figuras que mostram desde os nossos ancestrais até hoje”, comenta.  

Acompanhando ainda a visitação, a professora de Ciências e Biologia Bárbara Schuh explica que trouxe os alunos para fazerem registros fotográficos a fim de utilizarem posteriormente em um trabalho de aula. “O espaço é riquíssimo de informação, o que complementa o conteúdo da disciplina de Ciências”, avalia Bárbara. Ela explica que concluiu sua formação aqui na Unisinos e conhece o Museu desde então. “Eu amo a Universidade. Tenho ótimas lembranças aqui”, conta a professora. 

Crédito: Fábio Florisbal Goulart

Os alunos também tiveram a oportunidade de experimentar a sandbox, uma caixa de areia de realidade aumentada. O recurso utiliza um sensor de kinect que gera diferentes relevos, criando um mapa com cores, linhas e contornos topográficos e águas simuladas. 

Visitas podem ser agendadas 

Se você se interessou pelo Museu de História Geológica do Rio Grande do Sul, pode fazer uma visita coletiva ou individual. Localizado no campus de São Leopoldo da Unisinos, funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30. O agendamento de pode ser feito pelo site (www.unisinos.br/mhgeo) ou Instagram (@geologia.unisinos). 

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