Metaverso na educação: vivência mostra a transformação dos espaços de aprendizagem

Crédito: Leonardo Savaris

A facilidade para se comunicar em tempo real com uma pessoa do outro lado do mundo é incrível, mas a conectividade que temos hoje permite muitas possibilidades além da simples transposição do físico para o virtual.

Algumas dessas possibilidades foram apresentadas pela professora Eliane Schlemmer no evento “O metaverso na educação e a transformação dos espaços de aprendizagem”, que ocorreu na quarta-feira, 12/1, na claraboia da biblioteca do campus São Leopoldo, como parte da programação da Formação Docente.

Crédito: Leonardo Savaris

Embora o metaverso — tecnologia que possibilita a criação de mundos virtuais em 3D — seja uma palavra da moda, pautada por gurus da tecnologia como Mark Zuckerberg e Elon Musk, não se trata de um conceito novo.

O assunto já é estudado há anos por Eliane, que é professora dos PPGs em Educação e em Linguística Aplicada. A pesquisadora coordena o Grupo Internacional de Pesquisa Educação Digital (GPe-dU), que estuda assuntos como a criação de ambientes virtuais de aprendizagem desde 1998.

A partir desse conceitual, a professora, com ajuda de seus orientandos, preparou uma vivência na qual os professores participaram ativamente. Alguns de forma presenciais, outros a distância, com uma dinâmica em que as ações de um grupo complementavam as do outro.

Aqueles que estavam conectados remotamente criaram um avatar e acessaram a ilha da Unisinos no Second Life, um software de metaverso criado em 2003. Já os professores presentes fisicamente cumpriam as etapas da vivência com seu celular ou tablet.

Crédito: Leonardo Savaris

A partir do escaneamento de QR Codes, presentes tanto no metaverso quanto na claraboia da biblioteca, os participantes seguiam pistas e aprendiam sobre a história do Santo Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, com vídeos e realidade aumentada.

Mas também com a contemplação presencial das obras nas paredes da galeria localizada abaixo da biblioteca, feitas pelo pintor Paulo Porcella, que retratam a trajetória dos jesuítas desde a fundação da ordem até a criação da Unisinos.

Foi uma atividade dinâmica, em que as pistas virtuais complementavam a experiência no ambiente físico, e vice-versa.

“O principal objetivo desse momento é propiciar que os professores vivenciem e experienciem o que é a aprendizagem em metaverso e quais são as possibilidades”, contou a professora Eliane Schlemmer.

“O que a gente quis evidenciar é a perspectiva do hibridismo, que não é um percentual físico e um percentual online, mas sim como podemos coegendrar as diferentes tecnologias e os diferentes espaços e produzir uma outra prática pedagógica que é coerente com as propriedades daquele espaço,”, acrescenta. Além de inspirar a reflexão sobre as possibilidades pedagógicas do metaverso, a atividade difundiu a vida e obra de Santo Inácio de Loyola e os princípios da pedagogia inaciana — que, conforme lembra a professora, são muito atuais.

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