Desenvolver um jogo em 48 horas é como espremer meses (ou anos) de planejamento em um único final de semana: um jogo de prioridades por si só. Quais estratégias usar, como e quando usá-las são questões divisoras de águas. E não há tempo para pensar muito sobre elas; é preciso decidir. Ainda bem que, na Global Game Jam, sempre temos aliados para ajudar nas escolhas.
Neste final de semana, o Campus São Leopoldo da Unisinos foi uma das sedes desse evento que reúne, em todo o mundo, programadores, artistas e demais interessados em torno de um desafio criativo. Na Universidade, os 131 inscritos desenvolveram 34 jogos, sendo cinco não digitais.
Com a temática ondas, divulgada às 19h de sexta-feira (20), os participantes tiveram até o domingo (22), para pensar, prototipar, criar e testar suas invenções. “Lembrem-se de não se apegarem demais às ideias”, aconselhou o professor João Bittencourt, um dos organizadores do evento na Unisinos. “O que conta nem é tanto o desenvolvimento do jogo em si, mas o relacionamento, a cooperação e a troca de contatos que vocês farão.”
Segundo o professor, a Global Game Jam é uma oportunidades para compartilhar saberes entre aqueles que gostam de jogos e aqueles que estudam ou atuam profissionalmente nessa área. E não há limite para a criação. Pode ser que a equipe decida aproveitar a Jam para conhecer novas ferramentas; pode ser que prefira ir em busca de aprofundamento naquilo que já conhece. Tudo conta como experiência.
Experiência, aliás, é o que Paulo Godinho vem acumulando nas Jams sediadas pela Universidade: esta é a quarta vez que o programador participa da maratona. Formado em Jogos Digitais pela Unisinos, Paulo compartilha o segredo para tirar o máximo proveito do evento: “O importante mesmo é se divertir. Em outras edições, a gente (a equipe) já esqueceu disso e não soube aproveitar. Agora que sei que o resultado é o de menos, tenho certeza que vou conhecer gente incrível e aprender alguma coisa aqui”.
Igualmente entusiasmado com a Jam, estava Eder Cichelero, que veio de Carlos Barbosa para participar da Jam pela primeira vez. Formado em Jogos Digitais e acompanhado por um grupo de amigos programadores, ele queria encontrar pessoas com habilidades diferentes e, quem sabe, uma oportunidade de emprego. “A ideia é aproveitar o tempo para socializar e fazer contatos, já que estou procurando trabalho na área”, comentou.
A Global Game Jam não é uma competição, mas um espaço de colaboração. Ao final da maratona, são os próprios participantes que elegem os jogos mais divertidos. A lista final de criações é disponibilizada no site da sede Unisinos, onde também há mais informações sobre a GGJ. Saiba mais sobre o evento aqui no Notícias Unisinos.