Desde a primeira metade do ano, o itt Performance está em contato com a ABNT em busca de reconhecimento para realizar avaliação de portas corta-fogo. Devido a isso, o Instituto realizou auditorias externas nos dias 23 de agosto e 29 de novembro. Nas ocasiões, a auditora Maria Bertarello realizou uma série de ensaios conforme as normas ABNT NBR 11742:2003 e ABNT NBR 15281:2005, além de uma avalição da gestão de laboratórios, conforme a ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005.
O resultado
Nesta quarta-feira, dia 30 de novembro, o itt Performance recebeu oficialmente o reconhecimento, com o relatório final das auditorias e o contrato entre a ABNT e a Unisinos. “O itt Performance vem buscando reconhecimentos e acreditações, tendo como foco principal fazer parte da RBLE do INMETRO. Um dos reconhecimentos que foi buscado na área de Segurança Contra Incêndio foi o de avaliador de portas corta-fogo para saídas de emergência pela ABNT”, conta o analista de qualidade do itt, Paulo Mezzomo.
Segundo Mezzomo, o reconhecimento possibilita ao Instituto realizar avaliações de porta corta-fogo intermediadas pela ABNT. Desta forma, um fornecedor interessado em certificar sua porta corta-fogo entra em contato com a ABNT, que realiza auditorias na empresa para verificar o processo produtivo do produto e o sistema de gestão da qualidade. Junto a este processo, a ABNT solicita a avaliação através de ensaio de resistência ao fogo em um dos laboratórios reconhecidos, entre os quais está o itt Performance, da Unisinos. “O instituto realiza a avaliação da porta e emite o relatório técnico, cujos resultados são recebidos pela ABNT para posterior certificação do produto”, explica.
Entenda como funciona
Para a avaliação de porta corta-fogo no itt Performance serão feitos, primeiramente, ensaios mecânicos no elemento – fechamento brusco, fechamento com presença de obstrução, deflexão lateral, deflexão vertical e funcionamento mecânico. No Laboratório de Resistência Mecânica será analisada a presença ou não de falhas e deformações excessivas e a estabilidade do sistema de fixação. Caso a amostra atenda a esses ensaios, ela será encaminhada para os testes de resistência ao fogo no Laboratório de Segurança Contra Incêndio.
“Esse ensaio consiste em uma simulação em escala real de um incêndio, que atinge temperaturas de até aproximadamente 1200ºC e dura até 2 horas, em uma amostra de 10 m². No caso de portas corta-fogo será construída uma parede, com alvenaria e revestimentos também especificados pela empresa, na qual será instalada a porta corta-fogo”, descreve o técnico. O ensaio de resistência ao fogo é o momento em que são verificadas: a estabilidade estrutural, a temperatura da face não exposta ao fogo, a deformação e a estanqueidade à fumaça do sistema. O processo conta com o auxílio de uma câmera termográfica, que monitora o comportamento das temperaturas na face não exposta ao fogo e prevê possíveis falhas na amostra, através de altas temperaturas pontuais.
Além da estrutura do laboratório e do Instituto, outro fator fundamental para a obtenção do reconhecimento foi o sistema de gestão da qualidade da universidade, implantado pelo SGA. “O controle dos processos de avaliações de sistemas, materiais e produtos nos Institutos Tecnológicos tem grande importância nesse processo de acreditação e reconhecimento”, finaliza Mezzomo.