Na manhã desta quinta-feira, 14/12, ocorreu a apresentação dos Produtos Remix e Audiovisual ComDig, do curso de Comunicação Digital. A atividade aconteceu no Labtics, no Campus Unisinos São Leopoldo e foi dividida em duas etapas. Na primeira parte do encontro, alunos da disciplina de Produto Remix, ministrada pelas professoras Letícia Rosa e Cybeli Moraes, apresentaram três projetos que unem o digital e o cotidiano acadêmico.
Ao andar pelos corredores do campus, pode-se observar vários murais em que alunos divulgam serviços que garantem à eles uma renda extra. Pensando nisso, o primeiro grupo apresentou Murall, plataforma online que funciona como os classificados de um jornal impresso. O projeto potencializa o conteúdo dos murais, propaga os anúncios e contribui com a permanência dos estudantes na universidade.
O segundo grupo mostrou como a observação é fundamental para criar. Coisarte surgiu com a intenção de trazer criatividade e cor às paredes e corredores da Escola da Indústria Criativa. A imaginação deu à objetos uma identidade visual. E o que isso tem a ver com o meio digital? O grupo observou que, após ter feito intervenções artísticas nos espaços da Escola, diversas foram as publicações nas redes sociais de usuários interagindo com as obras.
Quem é, ou já foi, universitário sabe a quantidade de materiais para estudo que são necessários durante a graduação: xerox, livros, equipamentos… Para que ninguém acumule materiais que não faz mais uso, e que, quem precise possa adquirir de um modo mais econômico e sustentável, o último grupo Remix criou o Aí tem?. Assim como o Murall, ele também funciona como uma espécie de classificados. Por enquanto, ele funciona no Facebook. Lá ele tem um grupo onde os integrantes dispõe seu material para troca e, após passar por uma triagem, as propostas de troca são divulgadas na página pública.
Os produtos remix contaram críticas da Product Owner da empresa Arezzo, Julie Reichert. Julie elogiou os trabalhos apresentados e fez sugestões para melhorias dos produtos.
Na segunda parte do encontro foram apresentados os produtos experimentais que fazem uso da realidade aumentada. As criações foram elaboradas na disciplina de Produto III – audiovisualidades, ministrada pelo professor Tiago Lopes e assistida pelo professor e coordenador do curso Daniel Bittencourt.
O primeiro grupo trouxe cenas do cotidiano nos trens e estações em narrativas no formato de vídeos digitais. 100 Beiras objetiva questionar que lugares são esses que estamos e como nos sentimos pertencendo à ele. O produto foi apresentado com imagens descontextualizadas pelo som, fragmentadas pelas multitelas e invadidas por recursos de realidade aumentada dos smartphones que foram ativados através de marcadores de vídeo. Isso tudo pode acontecer graças ao Arges, um aplicativo que foi desenvolvido a partir de ferramentas utilizadas para criação de games mobile.
Na sequência, 20/20 Vision mostrou como a cor e a sonoridade interferem na recepção de mensagens. O projeto Traição do Audiovisual trouxe quatro vídeos que exploram quatro sentimentos: alegria, tranquilidade, tristeza e ira. Em cada vídeo foi usado um paleta de cores diferente e sons variados que agregaram sentido à narrativa. Mostrado isso, o grupo sustenta que materiais como este geram engajamento, propagação e posicionam os valores das marcas através do conteúdo audiovisual.
Já no final da manhã, o último produto apresentado foi o In.terface, um experimento estético que explora diversas montagens presentes nos dispositivos audiovisuais e questiona a percepção de tempo a partir de montagens em multitelas, e, assim, cria a perspectiva de que as mídias estão em constante mudança. O In.terface foi criado para potencializar o conteúdo audiovisual atuando na Interface.
As críticas aos produtos audiovisuais ficaram por conta do professor de Realização Audiovisual James Zortéa e pelo sócio e diretor de cena da empresa Eyxo, Fernando Martins. Os convidados destacaram pontos fortes dos produtos e elogiaram qualidade dos produtos idealizados, elaborados e apresentados pelos alunos.