Pulsetec é campeã do Prêmio Roser

Startup criou solução para melhorar a comunicação entre paciente e equipe médica

Foto: Arquivo Pessoal

A XXIII Semana do Empreendedorismo e da Inovação Unisinos chegou ao fim, na quinta-feira, 27 de outubro, com a cerimônia de entrega do Prêmio Roser. Nesta edição, foram reconhecidas propostas relacionadas à resolução de problemas com uso de tecnologia nas áreas de saúde, segurança, mobilidade, educação e meio ambiente.

O primeiro lugar ficou com a Pulsetec, fundada há seis meses pelo técnico em eletrônica e bacharel em Design de Produto Rodrigo Cunha. Atualmente, a startup conta com mais dois colaboradores (Endrigo Elsner e Gustavo Takashi Miyabe) e atua no desenvolvimento de soluções inovadoras em tecnologia assistiva, desenho universal e acessibilidade. O propósito da Pulsetec é ampliar habilidades funcionais de idosos, pessoas com deficiência e da comunidade em geral, de forma a promover independência, inclusão e qualidade de vida.

A startup conquistou o prêmio com a Pcare, um dispositivo wearable IOT em formato de pulseira, que é conectado a uma plataforma instalada nos postos de enfermagem, monitora possíveis riscos e beneficia a comunicação entre a pessoa internada e a equipe médica. “Quando o paciente precisa de algo, tem de apertar a campainha ao lado da cama. Quando acionada, a sala de monitoramento é avisada por simples painéis iluminados, onde há um enfermeiro para atender ao chamado. Chegando ao leito, esse profissional é comunicado sobre qual a necessidade, então, tem de voltar ao local para buscar o pedido e só aí retornar ao leito. Esse tempo gasto pelo enfermeiro poderia ser usado para atender outros pacientes e melhorar a eficiência do atendimento”, esclarece Rodrigo.

Outro problema que a Pulsetec identificou diz respeito à dosagem alta das medicações, que causa tonturas e pode provocar desequilíbrio. Em função disso, a Pcare conta com um sensor que detecta quedas e alerta a equipe médica no mesmo instante.

Além disso, a startup está implementando um assistente virtual que acompanhará o paciente por meio de interações de voz, sensação tátil e imagens. “Através da tecnologia touchless (reconhecimento de simples gestos), ele seleciona sua necessidade, como sede, vontade de ir ao banheiro ou dor. Essa solução permite que a equipe de enfermagem consiga priorizar os chamados. O assistente Pcare possibilita, ainda, que a equipe programe períodos ao longo do dia nos quais ela irá se comunicar com o paciente de forma interativa, perguntando como ele está, se sente dor etc.”, detalha o fundador.

Para a Pulsetec, a conquista do primeiro lugar dá visibilidade à solução proposta e incentiva a formação de parcerias com hospitais, clínicas e casas geriátricas. Como prêmio, a startup será incubada pelo Parque Tecnológico São Leopoldo – Tecnosinos. Os planos agora incluem criar conexões dentro do Tecnosinos e potencializar o projeto, que se encontra em fase de protótipo.

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