A startup FreeWood foi agraciada com o primeiro lugar no Prêmio Roser, concedido no encerramento da XXIV Semana do Empreendedorismo e Inovação Unisinos. O evento de premiação aconteceu na noite do dia 26 de outubro, no anfiteatro Padre Werner.
A FreeWood é uma iniciativa de Fabiano Trein, professor dos cursos de engenharia da Unisinos, Rafael Flores, estudante do curso de Engenharia de Materiais, e José Manoel Hadres e Tobias Kunrath, graduandos do curso de Engenharia de Produção. Como prêmio, a startup terá seis meses de incubação na Unitec.
A ideia desenvolvida pelo grupo busca combater um grande problema dos dias atuais: a geração de resíduos de materiais poliméricos e nanocompósitos. Esses compostos não são biodegradáveis como o couro e a madeira, por isso o seu descarte causa enormes complicações para o planeta.
“A grande jogada do projeto é misturar pó de MDF com o PVC, uma matéria polimérica, formando a non wood pressed composite, um composto material de não madeira”, explica o professor Fabiano Trein. Segundo ele, o composto tem características muito superiores às da madeira, que não é resistente a intempéries, e pode ser utilizado na indústria moveleira, automotiva e naval. É uma maneira, portanto, de reaproveitar os resíduos criando um material de alto valor agregado.
Trein contou que a ideia da FreeWood vem sendo desenvolvida desde 2013. Dese então, a empreitada já recebeu uma grande quantia em investimentos e gerou duas patentes. “Mas parece que faltava alguma coisa. Faltava esse aporte, esse know how, estar na vitrine de um grande investidor”, pontua.
A escolha dos vencedores do Prêmio Roser levou em consideração o desenvolvimento do grupo nas duas semanas de atividades realizadas com os organizadores e a apresentação na banca final, que ocorreu no dia 24 de outubro.
Apoio aos empreendedores
Com a incubação no Complexo Tecnológico Unitec, os projetos terão as melhores condições para decolar, pois estarão em um ambiente que estimula a inovação e o estabelecimento de parcerias estratégicas. De acordo com o diretor da Unitec e presidente do Tecnosinos, Luís Felipe Maldaner, o apoio acontece em várias frentes. A primeira é no desenvolvimento do empreendedor, no direcionamento que ele dá para a sua vida e na atenção que dará ao seu projeto.
O segundo aspecto é quanto à apresentação do empreendimento. Envolve o apoio no marketing, no desenvolvimento no site e treinamento para o pitch, uma breve apresentação a possíveis investidores. “Dizer o que a empresa faz em três minutos e convencê-los a investir é um desafio”, garante Maldaner.
Os empreendedores incubados também recebem apoio na hora do lançamento do produto. “Quando eles já têm um protótipo, um mínimo produto viável, como fazem para entrar no mercado? Às vezes o empreendedor não tem essa noção, e nós damos esse apoio”, acrescenta o diretor da Unitec.
Por fim, há o apoio quanto à infraestrutura. Além de ter uma sala, salas de reunião e internet gratuita, a empresa incubada tem acesso a outros empreendedores, mentores e professores da universidade. Todo um ecossistema que faz com que o empreendimento progrida.
Além dos vencedores, foram premiados os projetos que ficaram em segundo e terceiro lugar. Nesse caso, com três meses de incubação na Unitec. Conheça os três grupos vencedores:
1º lugar: FreeWood
Projeto: desenvolvimento de composto feito com resíduos de MDF e PVC, para ser utilizado na indústria.
Integrantes: Fabiano André Trein, José Manoel Hadres, Rafael Flores, e Tobias Kunrath.
2º lugar: Bloodify
Projeto: site que oferece cupons de desconto a doadores regulares de sangue.
Integrantes: Ana Stumpf, Augusto Massena, David Vaz, Giulia Sandri e Pietro Lanzoni.
3º lugar: Reforme Já
Projeto: reformas de baixa complexidade e baixo custo para atender pessoas de classe econômica menos favorecida.
Integrantes: Amanda Canabarro Nunes e Camila Gomes Dresch.
