Ontem (16), no campus de São Leopoldo, na claraboia da Biblioteca, ocorreu o Fórum Brasil e Alemanha: passado, presente e futuro – Vozes da Imigração alemã. O evento foi dividido em três momentos: abertura oficial da Exposição Memórias Imigrantes: Objetos, Imagens e Histórias; lançamento do Selo dos Correios e o Fórum.
Na abertura da celebração, o vice-reitor, Artur Jacobus, o decano da Escola de Humanidades, Luiz Rohden, a decana da Escola da Industria Criativa, Laura Dalla Zen e o curador da exposição e coordenador do Instituto Anchietano de Pesquisas e Memorial Jesuíta Unisinos, Pe. Felipe Soriano, realizaram o ato de descerramento da fita inaugural e abertura oficial da Exposição, que conta com peças pertencentes ao Memorial Jesuíta e ao Museu do Colégio São José. A exposição é aberta ao público e pode ser visitada de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 13h30 até as 16h.
Após a inauguração da Exposição, os presentes foram recepcionados com um coquetel preparado pelo curso de Gastronomia. “O cardápio representa a cozinha germânica, o que chamamos de cozinha germânica colonial, passando por algumas adaptações de ingredientes”, explicou o professor do curso de Gastronomia, Israel Bertamoni.
Na sequência, aconteceu o lançamento do Selo comemorativo pelos 200 anos da Imigração alemã. Realizaram a obliteração do selo, o superintendente estadual dos Correios do Rio Grande do Sul, Christian Santos, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turístico e Tecnológico de São Leopoldo, Mário Rosito, Artur Jacobus e Luiz Rohden.
O selo conta com elementos que, em formas abstratas e geométricas, fazem a representação da Imigração alemã no Brasil, são: o Navio Argus, a cidade de São Leopoldo, o Rio dos Sinos e o Imigrante.
Christian falou sobre a importância dessas peças para os correios. “Os selos são para os Correios uma importante marca institucional, através deles contamos histórias, marcamos datas especiais com instituições e pessoas que, através dos seus lançamentos, conseguem visualizar um pouco de si replicadas nas peças”, afirmou.
Para iniciar o Fórum Brasil e Alemanha, o vice-reitor fez o uso da palavra para saudar a todos. “A nossa comemoração foi adiada porque, todos vocês sabem, durante várias semanas, não havia prioridade maior do que apoiar aqueles que tiveram suas casas tomadas pelas águas do Rio dos Sinos. Afinal, quis o destino que, no ano em que se completam 200 anos do começo da história da nossa região, nós fossemos atingidos pela maior tragédia climática já vivida na cidade. Mesmo essa tragédia não poderia nos impedir de, ainda em 2024, prestar a homenagem as mulheres e aos homens que 200 anos atrás deixaram aquela região da Europa para recomeçarem suas vidas aqui, nas margens do Rio dos Sinos”, declarou.
Na abertura do Fórum Brasil e Alemanha: passado, presente e futuro – Vozes da Imigração alemã, a escritora Ilana Lehn e compositor Yanto Laitano realizaram a leitura de algumas cartas retiradas do livro Cartas de Imigrantes, de Roger Stoltz.
Depois, as professoras da Escola de Humanidades, Isabel Arendt, Luciane Grazziotin e Maíra Vendrame, realizaram a leitura de documentos públicos sobre a vida das imigrantes e professoras Josefine Wiersch e irmãs Amalie, Johanna e Lina Engel.
Sobre o Vozes da Imigração
Vozes da imigração é um evento onde busca-se fazer uma reflexão sobre os 200 anos da chegada dos primeiros imigrantes alemães a São Leopoldo por meio das vozes e memórias de alguns de seus protagonistas.
O evento tem o objetivo de celebrar os 200 anos da imigração alemã oferecendo ao público não apenas um panorama histórico da imigração alemã na região, mas também um olhar para o presente e o futuro das relações entre Brasil e Alemanha.