Entenda como os dados das pesquisas institucionais impactam a Formação Docente

Programação direcionada aos professores contou com atividades nos dias 17, 18 e 19 de janeiro

Crédito: Adriane Brill Thum

Docentes de todas as Escolas da Unisinos participaram de atividades voltadas ao seu desenvolvimento profissional ao longo desta semana. As Formações Docentes acontecem no início de cada semestre letivo, sob a organização da equipe do Núcleo de Inovação, Avaliação e Formação (NIAF) da Universidade.

A iniciativa é organizada também com base em dados coletados através das pesquisas institucionais promovidas pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), responsável pelos formulários de satisfação que a comunidade acadêmica preenche ao final do período de aulas. A análise dessas informações integra a escolha da programação a ser oferecida na Formação Docente.

“As pesquisas institucionais desenvolvidas e aplicadas em articulação entre a CPA e o NIAF consideram a participação de alunos de graduação e pós-graduação das modalidades presencial e a distância”, pontua Cristina Pimentel Damim, coordenadora da CPA e professora do curso de Letras.

“Os resultados são analisados pela equipe de Formação Docente, que desenvolve os eventos no início de cada semestre, bem como formações continuadas ao longo dos semestres letivos”, detalha Cristina.

“Temos um olhar atento aos dados qualitativos e quantitativos. Além disso, discussões com as Unidades Acadêmicas orientam o trabalho no sentido das ênfases, prioridades e enfoques”, explica Cristiane Maria Schnack, gerente de Desenvolvimento de Ensino e professora do curso de Letras e da atividade acadêmica de Desenvolvimento Pessoal e Profissional.

“Essas discussões orientam também o trabalho a médio e longo prazos, de modo que cada Formação Docente seja parte de um projeto mais amplo e duradouro”, reforça. A professora ainda destaca que, após a avaliação categorizada dos relatórios dos docentes, a equipe observa pontos comuns, que ajudam a traçar a programação subsequente.

Crédito: Paola de Bettio

Para o semestre atual, o tema central escolhido foi a relevância social da Universidade, conforme salienta Cristiane. Portanto, a ideia é que os professores possam discutir, compartilhar e construir coletivamente o desenvolvimento regional alavancado pela comunidade acadêmica, em diálogo com diversos atores locais e internacionais.

Nas oficinas, figuraram temas como inclusão – para a construção de um ambiente universitário do qual todos se sintam pertencentes -, e curricularização da extensão, atendendo à Resolução Nº 7/2018 do Conselho Nacional de Educação, que determina que a composição da carga-horária curricular estudantil contenha 10% de seu total destinada a atividades extensionistas.

“Construímos a programação voltada a essa parte de extensão a partir de demandas das Unidades Acadêmicas, então foi um trabalho bem coletivo”, explica Adriane Brill Thum, professora dos cursos de Engenharia e Arquitetura e Urbanismo, e integrante da equipe do NIAF.

“Queremos atender as demandas que as avaliações mostram, por parte dos alunos principalmente, sempre pensando no acolhimento do professor”, garante. Ela conta que, a partir desse espaço de troca, equipes da CPA e NIAF esperam que os professores possam se sentir mais tranquilos para adentrar o semestre que se inicia.

Participação nas atividades

Os três dias dedicados ao debate e aprofundamento de práticas pedagógicas concentram iniciativas que mobilizam os professores dentro e fora dos limites do Campus Unisinos Porto Alegre. “É algo que a gente precisa, que ocorram esses momentos em que os professores possam estar coletivamente construindo identidade. A Formação normalmente traz os temas que estão sendo gestados na Universidade, é muito significativo”, avalia Márcia Lopes Duarte, professora do curso de Letras.

Crédito: Adriane Brill Thum

Para Uziel Cavalcanti de Medeiros Quinino, coordenador do curso de Engenharia Civil e professor de Arquitetura e Urbanismo, as dinâmicas oferecem uma visão atualizada das demandas do aluno, cujo perfil também vai se transformando naturalmente, bem como as necessidades do mercado que empregará esse profissional no futuro.

Uziel conta que a oficina “Como nossa sala de aula pode contribuir com o desenvolvimento regional?” foi a primeira que escolheu para participar nessa jornada. “Acho que será uma contextualização mais generalizada, mas é um estímulo para eu olhar para dentro das características e competências desenvolvidas no meu curso, de forma a me aproximar mais daquilo que realmente a região tem exigido como tipo de profissional”, pondera o professor.

“Sempre julguei muito importante esse espaço formal e amplo, porque não é reunião de apenas uma hora ou duas, mas vários dias dedicados ao que é principal na nossa atividade, o trabalho que nós fazemos. Ter conhecimento específico nas áreas em que se leciona é condição para exercer o magistério, mas o nosso trabalho é de educação, ensino, aprendizagem”, reflete Ione Maria Ghislene Bentz, professora dos cursos de graduação e pós-graduação em Design e do curso de Moda.

“O que estou vendo como muito positivo também é que a Formação Docente vem se transformando junto com a Universidade. Na programação, tu percebes isso: a programação deste janeiro de 2023 está em perfeita consonância com as diretrizes estratégicas da Universidade”, considera Ione. “É fundamental para a nossa atividade, para atingir o objetivo da qualidade acadêmica, como também essa consonância estratégica com os objetivos da Universidade. A Comissão está de parabéns”, vibra.

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