A egressa do curso de Engenharia Química, Alexya Lague, teve seu Trabalho de Conclusão de Curso contemplado no Edital Catalisa ICT-Sebrae. O trabalho da engenheira objetivou o desenvolvimento de um sistema de tratamento para águas subterrâneas contaminadas por combustíveis, sendo os contaminantes também conhecidos como Hidrocarbonetos Totais de Petróleo (TPH), empregando as técnicas de adsorção e biodegradação.
Alexya conta que para a técnica de adsorção (adesão de moléculas de um fluido a uma superfície sólida), foi utilizado a cinza da casca de arroz como material adsorvente alternativo aos convencionais, como por exemplo o carvão ativado, devido a ser um resíduo agroindustrial gerado em abundância e baixo custo. “Para a técnica de biodegradação foi utilizado um microrganismo para ter-se a degradação do contaminante presente em água”.
Durante a graduação, no período em que foi bolsista de iniciação científica, Alexya se envolveu no desenvolvimento de diversos projetos e um deles foi nessa temática, no desenvolvimento de técnicas para o tratamento de águas contaminadas por combustíveis. “Como as águas subterrâneas estão sendo cada vez mais utilizadas para o abastecimento da população, tem-se a preocupação pela qualidade, e com a ocorrência de vazamentos e derramamentos de combustíveis contaminando solos e água, gera impactos ambientais e sociais”, explica a egressa.
O objetivo do trabalho de conclusão da engenheira química é explorar meios viáveis, econômicos e visa a redução de impactos ambientais com o uso de adsorventes comerciais. “Ampliei o estudo nessa área com o desenvolvimento de um sistema que fosse eficiente e eficaz com a utilização das técnicas de adsorção e biodegradação”, afirma Alexya.
Segundo a egressa, o programa Catalisa ICT vai ser de grande aprendizado, principalmente, para seguir com o desenvolvimento e ampliação do projeto. “Vejo a importância dessa pesquisa e o quanto ela tem o potencial de contribuir para o meio ambiente e para a população, dessa forma, havendo o grande interesse de não ficar somente no papel, mas de dar continuidade e aproveitar as oportunidades existentes para continuar a desenvolvê-la”, conta a engenheira.
Para a coordenadora do curso, Janice da Silva, esse é um indicador da excelência acadêmica da graduação em Engenharia Química. “É um curso que lidera o ranking nacional na avaliação do MEC, serve de estímulo para nossos graduandos”, encerra a professora.