Na noite dessa terça-feira, 1/8, o Anfiteatro Padre Werner, no Campus de São Leopoldo, foi palco de mais uma edição da Formação do Colegiado Unisinos. Neste semestre, o tema de abertura do evento foi Docência e Digitalidade em uma universidade socialmente relevante.
Em sua fala de abertura, a repensável pela Formação Docente, Viviane Weschenfelder, saudou todos os presentes e, em seguida, convidou a todos que acompanhassem um vídeo com som de água corrente. “Esse som, certamente, nos remete a diferentes memórias, nos causa sensações diferentes, mas também, por ser natureza, nos conecta e nos aproxima”, comentou.
Viviane completou seu raciocínio dizendo que movimentar-se, independente da situação em que nos encontramos, é uma condição de ser e estar no campo da educação. “As fontes de água representam a vida plena e abundante, ela sacia, ela alimenta, ela limpa, ela purifica, ela renova e ela nos conecta com nós mesmos. Que assim seja a nossa presença no dia de hoje e nos dias que seguem a nossa Formação Docente”, explicou.
Em seguida quem falou foi o pró-reitor acadêmico, Guilherme Trez, que falou sobre o tema desse semestre. “O que significa uma universidade socialmente relevante? Nós queremos ter uma reposta clara de qual é o nosso papel na nossa sociedade. Por que nós estamos na nossa região? Por que nós temos as nossas ofertas de formação? Como a Unisinos pretende ser relevante para a nossa sociedade?” indagou Guilherme.
“Essa é uma questão central no horizonte estratégico da universidade. Nós temos que dizer o motivo de estarmos aqui, nós queremos dizer qual é a diferença que nós vamos imprimir na trajetória de vida e de formação nos nossos alunos”, afirmou o pró-reitor.
Em sua saudação, o reitor, Pe. Sergio Mariucci, recomentou a leitura de um artigo publicado no Instituto Humanitas, Padre Arrupe, o homem que mudou para sempre o significado da educação na Companhia de Jesus. “Esse texto faz menção ao padre Arrupe que, depois da fundação da Companhia de Jesus, talvez tenha sido o momento de maior crise. Ele mesmo no artigo reconhece que, no âmbito da educação, a Companhia não era reconhecida como sendo uma instituição de vanguarda”, disse o reitor.
“O tema que Pedro Arrupe traz é a justiça. O quanto que nós conseguimos ou não educar para a justiça. Esse discurso foi feito em 1973, o tema da justiça, trazido pela Igreja Católica era novidade e era a primeira vez que a igreja se sentava para conversar com a modernidade”, completou o reitor.
Na primeira palestra da Formação, o professor Gustavo Fischer contou que, etimologicamente, a palavra relevante pode ser entendida como erguer novamente. “Aí me ocorre que se queremos ser uma universidade relevante, vamos ter que assumir o compromisso de entender de que forma queremos relevantar determinadas temáticas e ideias.
“Relevantar significa também nos erguer novamente, nos erguer novamente como universidade, cujo compromisso seja uma atitude investigativa franca, que deve nos arrebatar de curiosidade, aparentemente ingênua. Relevância como relevantar temáticas que sejam concretamente transversais, como forma de reagrupar as nossas forças, de olhar para o lado e reconhecer a potência do colega de outra escola ou instituição”, enfatizou o professor
Na última palestra da noite, a professora Jeciane Golinhaki falou sobre o ensino inteligente. “Se aprender exige, efetivamente, um esforço, um processo ativo do sujeito, como é que a gente pode olhar para os nossos estudantes para que eles desenvolvam as competências relevantes?”, questionou a professora.
“Se eu quero aprender a fazer macarrão, eu preciso me esforçar para que eu atinja um próximo nível, que nós chamamos de competência consciente. Eu começo a entender os processos, o que eu tenho que saber, os métodos que eu tenho que utilizar e então, vou explorando novas oportunidades”, completou Jeciane.
Para encerrar a noite de abertura, o Grupo Explosão da Dança fez uma apresentação. A Formação Docente segue até quinta-feira, e você pode conferir a programação e se inscrever aqui.