Desafios e oportunidades de desenvolvimento são destaque na abertura da Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, na Unisinos

Promovido pela Sict e pela Fapergs, evento é preparatório para a 5ª Conferência Nacional de CT&I, em junho

Crédito: Luciana Salimen / Ascom Sict

A Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) foi aberta, na manhã desta quinta-feira (7/3), com uma palestra da secretária de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marcia Barbosa. O evento é preparatório para a 5ª Conferência Nacional de CT&I, que acontecerá em junho, em Brasília. Ao público reunido no campus Unisinos Porto Alegre, ela apresentou as principais iniciativas na esfera federal e enfatizou a importância dessas reuniões para avançar a pauta de CT&I no Rio Grande do Sul e em todo o país.  

Luciana Salimen / Ascom Sict

“Estamos aqui fazendo algo espetacular para a área de inovação, ciência e tecnologia no Brasil. Essas conferências precisam acontecer tanto em nível estadual quanto nacional. É a revolução através da interlocução entre os diferentes agentes”, afirmou Marcia.  

A secretária destacou o papel da ciência e da pesquisa para o progresso do país, com ênfase nos benefícios para a população como um todo. “Lançamos, ontem (6/3), um edital de R$ 100 milhões para apoiar projetos que estimulem a participação de meninas e mulheres nas ciências exatas, engenharias e computação. É esse tipo de iniciativa que queremos ter cada vez mais”, exemplificou. 

Na visão de Marcia, é necessário que os estados busquem investimentos junto ao governo federal para desenvolver projetos de CT&I. Ela também deu exemplos de oportunidades de captação de recursos, como as chamadas públicas, os programas estratégicos e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).  

Outro ponto enfatizado pela secretária foi a agenda de sustentabilidade, que tem ganhado cada vez mais espaço nas iniciativas do governo federal, com editais e projetos focados em biodiversidade, riscos ambientais e cidades sustentáveis, entre outros. “Precisamos nos preparar para a ocorrência de desastres naturais, por exemplo. O que devemos fazer em caso de enchentes? Porque elas vão continuar acontecendo, não podemos ignorar essa realidade”, frisou. 

As chamadas públicas lançadas pelo MCTI em 2023 incluíram tópicos como gripe aviária, saúde mental, doenças genéticas, biotecnologia, comunicação quântica e insumos farmacêuticos. “O Brasil precisa acompanhar as pesquisas mais atuais nesses temas, para não ficar para trás. Temos diversas redes formadas ou em formação com cientistas brasileiros, além de participação em iniciativas internacionais”, ressaltou Marcia. 

Com relação ao Rio Grande do Sul, ela elencou alguns desafios para a área de CT&I, incluindo a retomada das atividades do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec): “Academia e governo precisam trabalhar juntos para articular essa política nacional e impulsionar recursos humanos e mais cooperação”. 

Autoridades participam da abertura 

Na abertura do encontro, a ministra do MCTI, Luciana Santos, salientou, em mensagem de vídeo, a importância da retomada da Conferência Nacional após 14 anos.  

A secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Simone Stülp, destacou a potência do estado na área e o esforço que tem sido empreendido para alavancar o desenvolvimento. “Temos trabalhado, desde o ano passado, na lógica do planejamento estratégico baseado em eixos, e todos os programas e editais da nossa pasta nascem a partir disso. Mas ainda estamos carentes de momentos como este, em que possamos discutir as estratégias que queremos e fazer uma construção conjunta”, apontou.

Luciana Salimen / Ascom Sict

Já o diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (Fapergs), Odir Dellagostin, celebrou a oportunidade de aprofundar os debates sobre CT&I: “Queremos discutir o que é estratégico para o Rio Grande do Sul e sintonizar com o que é estratégico para o país. Vamos ajudar a pensar um norte, ou seja, para onde devemos direcionar nossos esforços”. 

Para o reitor da Unisinos, padre Sérgio Mariucci, a conferência é um momento para reforçar a interação entre as universidades do estado, impulsionando um ecossistema com grande capacidade de entrega e responsabilidade. Por fim, o coordenador do Conselho de Inovação e Tecnologia (Citec) da Federação das Indústrias do Estado do RS (Fiergs), Daniel Ely, ressaltou que esses encontros resultam em diálogos muito produtivos e em esforços coletivos para transformar o Rio Grande do Sul em potência de inovação. 

Luciana Salimen / Ascom Sict

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