Nessa terça-feira, 25/02, o curso de Arquitetura e Urbanismo, por meio do Escritório Modelo (EMAU), encerrou sua última ação do projeto de revitalização do espaço de recreação da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Edila da Silva Schmidt, em São Leopoldo. O projeto de requalificação do pátio escolar, que foi afetado pela enchente de maio de 2024, tinha o objetivo de transformar a área externa em um ambiente mais acolhedor, seguro e inspirador para as crianças.
O Escritório Modelo, em contato com a direção da escola, identificou a necessidade de reconstruir o espaço não apenas para devolver sua funcionalidade, mas também como um símbolo de renovação e esperança para a comunidade escolar. O projeto foi idealizado em junho de 2024. Desde então, os alunos do EMAU, sob a supervisão dos professores Patrícia Nervas e Rodrigo Algaier, desenvolveram um plano que contempla melhorias estruturais e estéticas.
Uma das principais transformações no pátio foi a construção de um piso orgânico em curva, que introduz movimento ao espaço e direciona as crianças para a área de recreação. A pavimentação foi concluída com o apoio da Secretaria Municipal de Educação de São Leopoldo, que forneceu materiais e mão de obra para a execução.
Na terça-feira, o EMAU organizou oficinas integradoras para envolver os estudantes da escola na revitalização do pátio. Entre as atividades, foram realizadas o plantio das mudas e a pintura do muro da escola, em colaboração com o arquiteto e artista plástico Fernando Cardoso, egresso do curso de Arquitetura e Urbanismo.

“O plano era pintar um grande caderno em branco no muro da escola escrito dentro: Qual é o teu maior sonho? Assim cada criança poderia preencher o caderno com seus sonhos usando as tintas coloridas. Mas, em vez disso, todos começaram a passar tinta nas mãos e colocar sua marca no muro, extrapolando os limites do caderno em uma explosão de mãos coloridas. No fim, virou uma bela lição de que a educação e a arte não têm e não devem ter limites”, comenta Fernando.
A coordenadora do curso, Débora Becker ressalta que essa etapa do projeto simbolizou a união de todos os envolvidos. “Essas oficinas selam a integração de todos os atores que participaram desse projeto. Começamos a idealizá-lo em junho, implementamos as mudanças em setembro e outubro, e agora estamos concluindo essa jornada coletiva. Esse processo mostra a força da cooperação entre academia e sociedade na reconstrução de espaços afetados pela enchente.”
Além disso, após as oficinas, a etapa final do projeto está prevista para a segunda semana de março, quando os brinquedos módulos serão instalados, para estimular a criatividade, a interação e garantir acessibilidade para crianças de diferentes idades e completando a transformação do pátio. Os brinquedos foram adquiridos por meio de doações do Espaço Colaborativo da Unisinos e do programa UniSolidariedade. Enquanto isso, as crianças já poderão aproveitar o ambiente renovado, pensado para estimular o aprendizado, a criatividade e a convivência.

A proposta busca fortalecer o sentimento de pertencimento das crianças em relação ao espaço revitalizado, incentivando o cuidado com o ambiente escolar. Além disso, a interação entre acadêmicos, professores e alunos da escola reforça a importância da colaboração entre universidade e comunidade na reconstrução de espaços públicos afetados por desastres naturais.