“A topografia é a mesma, mas a forma de coletar e apresentar as informações mudou e evoluiu.” A frase é de Jerry Dorneles, diretor comercial da RSTech – empresa especializada em geotecnologias – e responsável pelo Connect Drone Tech, realizado no dia 27/10, no campus de São Leopoldo da Unisinos. O evento, organizado em parceria com a Escola Politécnica, tinha foco no avanço tecnológico na área de mensuração de dados e atividades como levantamento topográfico e georreferenciamento.
Foram exibidos drones de asas fixas e de rotores, com sensores e outros recursos que podem ser adaptados conforme a necessidade do projeto, como câmeras RGB e térmicas, além de sensores LiDAR e GNSS. Também foram apresentadas Estações Totais, com diferentes tipos de conexões (LTE, UFH, Wi-Fi) e aparelhos para mapeamentos mais específicos, voltados a interiores de prédios, minas e túneis.
Durante o encontro, os palestrantes apontaram a importância da modernização na área e como esses equipamentos vieram agregar aos profissionais. Estiveram presentes Paulo Amorim, gerente de contas estratégicas para a América Latina da SenseFly, empresa multinacional fabricante de drones de asas fixas, e Maurico Campitelli, gerente de produto da Santiago & Cintra, representante nacional de diversas marcas do segmento, importadora de geotecnologias e responsável pela certificação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para os equipamentos. Também estiveram presentes empresários do ramo que já utilizam as soluções apresentadas. O Connect Drone Tech foi uma oportunidade para conhecer novas tecnologias, observá-las na prática e sanar dúvidas de aplicações.
Uma demonstração de coleta de dados foi realizada com os drones Ebee X, de asa fixa, da SenseFly, e Matrice 300 RTK, de rotor, da DJI. Decolando do campo de futebol, ao lado do Complexo Poliesportivo, foi possível observar como os dois equipamentos se comportavam. O Ebee X tinha controle totalmente autônomo, e o Matrice exigia comandos diretos de um operador. Os drones seguiram uma rota de voo pré-determinada e coletaram dados topográficos da Unisinos e seus arredores. As informações serão combinadas com dados coletados no início daquela manhã na Avenida Unisinos, que passa em frente à universidade, para serem estudados por alunos.
A ideia do Connect Drone Tech surgiu a partir de uma necessidade de mapeamento e imageamento topográfico da Avenida Unisinos para atividades de extensão da universidade. Conforme a professora Adriane Brill Thum, da Escola Politécnica, esses dados vão servir tanto para os alunos de Topografia quanto para os de outras atividades acadêmicas. “Os estudantes vão utilizar os levantamentos para criar e propor ideias, projetos e mudanças para a Prefeitura de São Leopoldo”, explica.
Para os presentes, o evento permitiu ter uma amostra das mais recentes tecnologias de georreferenciamento, além de se familiarizarem com os processos e equipamentos que estão já sendo adotados por empresas e projetos na área.
