Conheça o projeto vencedor do Prêmio Roser 2021: uma pulseira que pode salvar vidas

Crédito: Divulgação

Uma pulseira que pode salvar vidas. Esta é a proposta do grupo Prisma, que ganhou o primeiro lugar no Prêmio Roser de 2021. O grupo é formado pelas enfermeiras alunas do Mestrado Profissional em Enfermagem da Unisinos, Flávia Sales e Janaína Avancini Pinheiro, pelas professoras Priscila Lora, Rafaela Scheffer e pela coordenadora do PPG em Enfermagem, Patrícia Treviso.

O projeto vencedor se chama PAGH: Pulseira de Aferição para Grávidas Hipertensas. A ideia é que mulheres gestantes, com pressão alta ou risco para o problema, utilizem a pulseira, que realiza a aferição da pressão arterial várias vezes ao dia e envia as informações para uma nuvem. A nuvem é acessada por médicos e enfermeiros, que acompanham as gestantes no pré-natal.

Assim, casos de pré-eclâmpsia, que é a hipertensão na gestação, podem ser diagnosticados com muito mais rapidez. “Essa doença pode ser silenciosa. Então, se a gestante está aferindo a pressão dela continuamente e os dados chegando até a equipe de saúde para poder orientar a gestante, podemos reduzir as chances de ela chegar a ter quadros mais graves, evitando mortes materna e fetal”, explica Flávia.

As consequências da pré-eclâmpsia são muito sérias, tanto para mães, quanto para bebês. Com a PAGH, o objetivo, além de salvar vidas, também é reduzir custos hospitalares. “Cuidar de um bebê internado na UTI representa um custo de 9 mil reais por dia”, explica Janaína. A mestranda ainda aponta que a pré-eclâmpsia é um problema mundial e que impacta fortemente a vida dos bebês. “A gente sabe que é um problema que se estende também para as crianças que nascem das mães hipertensas. Muitos bebês, neste caso, nascem prematuros extremos, com menos de 30 semanas. Além de meses na UTI, eles vão precisar de acompanhamento nutricional, fonoaudiólogo, pode ter complicações cardíacas e gastrointestinais, por exemplo”.

A pulseira foi desenvolvida durante as aulas do Mestrado Profissional em Enfermagem na Unisinos. A coordenadora do Programa de Pós-graduação em Enfermagem, Patrícia Treviso, explica que o mestrado profissional tem o objetivo de criar e fomentar tecnologias que melhorem a qualidade da prática do dia a dia. “Este projeto vencedor nasceu a partir de uma das disciplinas do mestrado ministradas pelas professoras Priscila Lora e Rafaela Scheffer. As alunas pensaram em algo que vai mudar a prática e que traz uma melhor assistência, qualidade e segurança para a gestante em risco”.

Com a vitória no Prêmio Roser, o projeto ganhou seis meses de incubação no Tecnosinos. A equipe será formada pelas mestrandas, juntamente com a professora do PPG em Enfermagem Priscila Lora, a engenheira elétrica Vitória Francesca Zilli e Marcelo Bueno na área de administração e inteligência de mercado. A partir da incubação, o objetivo é começar a desenhar o protótipo da pulseira. “Também queremos validar e testar a pulseira em pacientes, a fim de possibilitar o envio ao mercado”, explica Flávia.

Esta foi a primeira vez que uma equipe da área da enfermagem participou do prêmio. “Estamos quebrando vários paradigmas. Mulheres empreendendo em tecnologias para a saúde, enfermeiras saindo de suas zonas de conforto. A Unisinos acreditou na gente, isso é muito importante para a gente”, colocou Janaína.

Patrícia afirma estar orgulhosa e diz que a pulseira é um produto com potencial de impacto na prática assistencial. “Isso é um orgulho para o PPG. Não só eu, o colegiado inteiro está muito orgulhoso e feliz por ter essa visibilidade que o trabalho dessas mestrandas está trazendo para o PPG, para a Unisinos e, mais do que isso, impactando na sociedade”.

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