Conheça o itt Oceaneon e como pode atuar na sua empresa

Crédito: Divulgação

Desde 2011, o itt Fossil – Instituto Tecnológico de Micropaleontologia da Unisinos pesquisa, principalmente, os microfósseis de origem marinha e tudo que envolve esta ciência. Trabalha com a bioestratigrafia, colaborando com estudos na busca da idade das rochas e como foram geradas. Além de atuar na formação de novos cientistas e capacitação de profissionais.

O gerente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Unidade Acadêmica de Pesquisa e Pós-Graduação da Unisinos, Silvio Bitencourt, conta que, ao longo dos anos, o Instituo procura responder e manter seu alinhamento com as tendências que determinam os rumos em seu campo de atuação. “O Instituo busca não só dar resposta às novas perspectivas, mas ser protagonista da pesquisa e desenvolvimento nestas novas realidades. Para a Universidade, possibilita a manutenção de sua pesquisa voltada às demandas reais do mercado e da sociedade gerando impacto”, afirma.

Neste ano, o trabalho realizado pelo Instituto passou por uma avaliação interna e foi identificada a necessidade de mudança no nome, em razão da ampla atuação já desempenhada. Passando agora a se chamar itt Oceaneon, junção de duas palavras, como explica o coordenador do Instituto, Gerson Fauth. “Oceano + termo Eon – eras antigas – termo usado na Geologia que define tempo na escala de tempo geológico”.

Em conversa, Gerson explica o que motivou essa mudança no nome do itt. “Nossa intenção é estudar o oceano geológico de como era 20, 30, 100 milhões de anos atrás. Temos vários projetos de pesquisa que reforçam esta mudança de nome, sendo projetos que visam investigar como evoluiu os oceanos, principalmente, o Oceano Atlântico”, completa.

Um dos projetos citados pelo coordenador é o IODP, Expedição 388 – Equatorial Atlantic Gateway. Gerson será co-chief (um dos chefes da expedição) durante a viagem, que tem data prevista para acontecer entre 2023/24. Abordo do navio Joides Resolution, o International Discovery Program (IODP) irá promover uma expedição para estudar a evolução tectônica, climática e biótica do Portal Equatorial do Atlântico, em três locais, próximos ao Platô Pernambucano, na costa brasileira.

Além das diversas expedições, ao longo de sua história, o instituto já realizou mais de 50 artigos científicos publicados em revistas internacionais, sendo que a maior parte está relacionado a um grande projeto apoiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e IODP intitulado “Do Greenhouse ao Icehouse: como os ecossistemas e a biodiversidade marinha respondem as mudanças ambientais durante o Cretáceo e o Cenozoico”.

A equipe do itt também atua para compreender como e quando o Oceano Atlântico se formou, quando o Atlântico Sul se conectou com o Atlântico Norte, que mudanças paleoceanográficas este oceano sofreu desde a sua formação. Além de concentrar seus esforços na passagem do Cretáceo-Paleógeno (K/Pg), período famoso porque houve a extinção dos dinossauros, mas também de outros grupos de organismos, incluindo os microfósseis.

“A partir dos investimentos e das aquisições dos novos equipamentos para o itt, teremos condições de avançar nas investigações e descobrir como era o ambiente quando as rochas foram formadas, reconstituir com maior precisão como evoluiu os oceanos. Institutos com essas características não são comuns. Teremos um instituto diferenciado e em condições de responder sobre questões envolvendo a evolução dos oceanos, principalmente, o oceano Atlântico Sul”, ressalta.

O itt Oceaneon desenvolve pesquisa básica e aplicada visando compreender a evolução geológica dos oceanos, principalmente, do Oceano Atlântico e suas bacias sedimentares. Tem uma forte parceria com a Petrobras e Agência Nacional do Petróleo (ANP), através de projetos de infraestrutura e de PD&I. Além de parceria com institutos internacionais, como por exemplo: International Ocean Discovery Programe (USA), Universidade de Kiel (Alemanha), Instituto Antártico do Chile (INACH) e Universidade de Birmingham (Inglaterra).

O itt promove treinamentos e capacitações que permitem o aprimoramento dos conhecimentos tecnológicos, favorecendo o processo de inovação tecnológica das empresas. O Programa de Pós-Graduação em Geologia da Unisinos fomenta e desenvolve pesquisas no instituto com o objetivo de formar profissionais que aliem a atitude investigativa à prática transformadora para atuar nas áreas de geologia e mudanças climáticas.

Gerson explica que o instituto quer ampliar as áreas de atuação. “Com os novos equipamentos instalados e operando, buscaremos novas frentes de atuação oferecendo um novo conjunto de análises em nossa central analítica, bem como reforçar a cooperação com outras universidades no Brasil e no exterior, além de empresas de Petróleo & Gás”, diz.

Silvio acrescenta que será possível ofertar diversos serviços tecnológicos para atendimento a empresas de outros setores que não se conectavam com o Instituo, como saneamento, agricultura e mineração. “Beneficiará professores, pesquisadores e alunos com maiores e melhores conexões com o mundo real, a sociedade e as empresas com conhecimento aplicado que possibilita a obtenção de maior competitividade das empresas e desenvolvimento da sociedade pela ciência”, completa.

A central analítica do itt Oceaneon está equipada para contribuir com o aprimoramento da qualidade de produtos e eficiência de processos. E a infraestrutura dos laboratórios atende a certificação de gestão ambiental, a ISO 14001. Confira os serviços tecnológico oferecidos pelo instituto e que podem ajudar a sua empresa aqui.

Durante os 10 anos de atuação até o momento, o instituto já participou de várias expedições, conheça algumas:

  • Expedição IODP 382 – Região da Península Antártica e Malvinas;
  • Expedição IODP 379 – Região do Mar de Amundsen, Antártica;
  • Expedição IODP 369 – Austrália;
  • Expedição IODP 351, Japão;
  • Expedição Sergipe (realizada pela equipe do itt) – Foi executada a perfuração de 4 poços que atingiram a profundidade de 200m cada, em Sergipe, a fim de recuperar rochas que foram depositadas na passagem Aptiano-Albiano há 110 milhões de anos;
  • Expedição PROANTAR verão 2019/2020 – A equipe do itt acampou durante 53 dias na Antártica.

Para saber mais sobre a atuação do itt Oceaneon, clique aqui.

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