Um novo período de inovações disruptivas na indústria deu seus primeiros sinais de vida em 2013. A Indústria 4.0, assim denominada na Alemanha, é realidade em alguns países, como na própria Alemanha, Estados Unidos e China, mas permanece ainda tímida no cenário brasileiro. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, no mês passado, o primeiro documento com dados do grau de utilização de tecnologias avançadas pela atividade industrial no país e as perspectivas de modernização para os próximos anos. Atualmente, apenas 1,6% das empresas se encaixam no conceito de Indústria 4.0, de acordo com o levantamento. Entretanto, a mesma pesquisa mostra que há esforço para que esse índice suba para 21,8% até 2027.
“Existem dois fatores que restringem as empresas brasileiras de implantar tecnologias da Indústria 4.0. O primeiro deles é o desconhecimento. As empresas desconhecem e têm medo do novo. Conhecer quais as tecnologias e entender como elas podem ajudar as empresas é o primeiro paradigma a ser quebrado. O segundo ponto é o poder de investimento. As tecnologias que compões a Indústria 4.0 são caras e nem as empresas nem o governo possuem recursos para investimento”, afirma o coordenador do MBE em Manufatura Avançada da Unisinos, Douglas Veit.
Também chamada de 4ª Revolução Industrial, o novo modelo prevê processos mais automatizados, eficientes, autônomos e customizáveis. “O principal objetivo da indústria é tornar as fábricas mais inteligentes por meio de tecnologias, como Internet das Coisas, Robótica, Manufatura Aditiva, Big Data e outras. A intenção é realizar a digitalização dos sistemas de manufatura”, explica Douglas, também coordenador da Graduação em Engenharia de Produção da Unisinos.
A 4ª Revolução Industrial também exigirá um novo perfil de profissional. Para trabalhar nesse “chão de fábrica” diferente, será preciso desenvolver conhecimento e adquirir outras competências. Transformar a realidade das empresas, assim como a competitividade do país requer entender o cenário e as aplicações da manufatura avançada. Pensando nesse contexto, a Unisinos oferece o MBE em Manufatura Avançada, com a intenção de reduzir o desnível de conhecimento dos gestores da produção, incentivando a evolução tecnológica da indústria brasileira.
No curso, os alunos serão apresentados aos conceitos de todas as tecnologias que compõem a Indústria 4.0 e também em gestão da produção. “Nossa principal preocupação é que as empresas saibam identificar quais tecnologias apresentarão resultados positivos para a sua realidade, sem depender de escolhas precipitadas. Queremos mostrar para o aluno como fazer o investimento correto”, salienta o coordenador.
Devido à integração dos professores em empresas expoentes na cadeia produtiva do estado, os alunos terão a oportunidade de ver e entender os processos de Manufatura Avançada em organizações que já a colocam em prática. Serão realizadas visitas técnicas a empresas como John Deere, AGCO, Stihl, Stratasys, Tramontina TEEC, Taurus, EMBRAER e o Instituto de Estudos Avançados – IEAV/Aeronáutica.
As inscrições para o MBE em Manufatura Avançada estão abertas. Saiba mais sobre a Nova Pós-Unisinos