Que tal ser “Diretor de Whatever”, chamar o CEO da sua empresa de “CDO (Chief Destroyed Officer), meditar nas reuniões ou nunca mais usar meias? O que uma coisa tem a ver com a outra? TU-DO! Essas são dicas valiosas de profissionais consagrados para melhorar os ambientes e os relacionamentos nas organizações.
O que esperar do amanhã e o que fazer ainda hoje? Esse foi o questionamento feito a todos os painelistas do CEO Fórum Porto Alegre, que incluíam nomes como Nizan Guanaes e John Kao, os quais compartilharam suas experiências em temas como inovação, criatividade e empreendedorismo.
Na plateia, os mais de 1000 convidados foram provocados a refletir sobre o papel das organizações na construção de um ambiente de negócios melhor a partir de melhores relacionamentos.
Mas como os CEOs fazem isso? O que significa, de fato, ter melhores ambientes de negócios? De acordo com todos os painelistas, significa cuidar das PESSOAS. Sim, pessoas são a receita de sucesso de qualquer negócio. Pessoas inovam. Pessoas transformam. Pessoas realizam. Pessoas empreendem. Pessoas fazem as organizações.
Os debates trouxeram pontos de vistas a cerca da revolução que vivemos, tanto na maneira como nos relacionamos, quanto no “novo ser humano” que nos tornamos. O mundo mudou, mas o que mudou afinal?
Vivemos uma nova cultura, uma nova era, a digital. Os profissionais de hoje vivem a partir do mindset digital, os quais são hiper informados e hiper conectados, estipulando um novo padrão de comportamento. O novo perfil de profissional, nativo da cultura digital, não prioriza ter um plano de carreira, ele deseja qualidade de vida, trabalhar com o que gosta e fazer aquilo que acredita. Ele quer ser realizado, o que nem sempre significa ser um executivo bem sucedido, basta viver de acordo com seus princípios.
Logo, o desafio das organizações está em entender esse novo padrão de comportamento, estabelecido a partir do mindset digital, e conseguir propor ambientes melhores que inspire esses profissionais a inovar, a empreender e a transformar o seu negócio. Os CEOs e as lideranças precisam
Dicas valiosas foram compartilhadas pelos painelistas, dentre elas, destaco as que mais me identifiquei:
“Tenha paixão pelo erro e o transforme em um novo erro, isso é inovar”, Edson Matsuo – Grendene.
“Nunca tenha certeza: a certeza é a aniquiladora de boas ideias”, Silvio Matos – Idealista.
“Não use meias”, Silvio Matos – Idealista.
“Saiba aprender, reaprender e desaprender”, Tiago Matos – Perestroika.
“Faça COM as pessoas e não PARA as pessoas”, Flavia Moraes – RBS.
“Contrate os VALORES de um candidato, competências se desenvolvem”, Nathalie Trutman – FIAP.
“Mantenha sempre a mente aberta e inquieta”, Nathalie Trutman – FIAP.
“Seja adepto ao mindfullness. Proponha 1 minuto de silêncio antes de cada reunião importante com sua equipe, isso aumenta a intimidade entre as pessoas e amplifica a capacidade criativa e colaborativa”, João Cavalcanti – BOX 1824.
Em suma, os painéis trouxeram a reflexão de que as organizações, independente do porte, não devem mais determinar seus indicadores de resultados somente a partir da lucratividade. É preciso olhar para as pessoas e compreender as mudanças que estão acontecendo. A partir dessa nova ordem, que tal mensurar o grau de felicidade da sua equipe? Pessoas motivadas e felizes tendem a ser mais produtivas e inovadoras. Que tal empoderar sua equipe para que ela tome suas próprias decisões e o conhecimento passa a ser construído em conjunto?
O desafio é grande, mas o resultado vai além de retornos materiais, ele faz com que as organizações participem de forma relevante e transformadora na vida das pessoas.