Buscando fósseis na realidade virtual

Mestrando em Computação Aplicada, Gustavo de Almeida, está desenvolvendo um game que permitirá ao usuário buscar fósseis de dinossauros

Crédito: Divulgação

Já imaginou buscar fósseis do período jurássico sem sair de casa? É exatamente isso que o projeto do mestrando em Computação Aplicada, Gustavo de Almeida, promete fazer. Gustavo está desenvolvendo um jogo, em realidade virtual, que permitirá aos usuários buscarem esqueletos de dinossauros no Sítio Fossilífero Linha São Luiz.

O mestrando, que é egresso do curso de Produção Fonográfica, conta que a ideia para o game surgiu após uma visita ao Museu de História Geológica do RS da Unisinos (MHGEO) para se voluntariar na digitalização dos fósseis em 3D. “Tive uma conversa longa com o diretor do museu, Rodrigo Horodyski,  que me incentivou a me aprofundar na pesquisa, auxiliando a transformar a ideia em um projeto de Mestrado e ainda me apresentando ao grupo de pesquisa e laboratório em Geoinformática e Computação Aplicada, o VIZLAB”, comenta.

Segundo Gustavo, o mais difícil até o momento foi ter que se aprofundar em áreas do conhecimento que não são a sua especialidade, como a programação, e encontrar a melhor forma de entregar ao usuário aquilo que ele nem sabia que gostaria de ver. “Porém, é inexplicável conseguir entrelaçar áreas que me trazem tanta satisfação quanto a paleontologia, a tecnologia e o som”, afirma.

A ideia é que o aplicativo fique disponível nos museus onde se encontram os fósseis que foram utilizados na sua criação e que ele possa aumentar o engajamento do público com as exposições, tornando as mais atrativas ao público. “Além de poder disponibilizar a aplicação em museus, a expectativa é poder criar um jogo para desktop. Assim, mais pessoas terão acesso à informação e poderão explorar o incrível mundo da paleontologia, que desperta fascinação em crianças e adultos através das gerações”, completa o mestrando.

Gustavo tem a expectativa que outros museus, tanto nacionais quanto internacionais, se motivem a digitalizar suas coleções para que seja possível criar espaços virtuais no jogo com elas, enriquecendo tanto o museu quanto o jogo. “A importância se exemplifica no jogo com a exibição da reconstrução do fóssil de Faxinalipterus minimus, um espécime que foi completamente carbonizado no incêndio do museu nacional de 2018”, declara.

O orientador do mestrando, Vinicius de Souza, conta que a realidade virtual é uma tecnologia muito potente e pode ser aplicada em inúmeros contextos como educação, saúde e indústria. “Contudo é importante que pesquisas sejam conduzidas para que se avalie os benefícios e se defina os parâmetros necessários para uma boa experiência de uso. No trabalho do Gustavo, além de permitirmos que as pessoas conheçam o importante Sítio Fossilífero Linha São Luiz, estamos investigando a melhor forma de produção sonora em realidade virtual”, finaliza o professor.

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