As artes muralistas, em espaços do Centro Administrativo, no Campus São Leopoldo, estão completas. As quatro ideias, cada uma representando um elemento diferente, foram finalizadas com as entregas da parede do ar e dos pilares da água. A ação faz parte do projeto Arte & Cultura, reforçando o compromisso de incentivo à área cultural, buscando promover espaços de inclusão, reflexão e expressão artística.
As obras são de autoria do artista Renam Canzi, head da Casulo, que explica que uma obra de arte gera diferentes entendimentos do público, sendo algumas intencionais por parte do artista e outras nem tanto. “Poder trabalhar com peças que levam a uma percepção mais ampla é muito legal, porque de repente alguém vai olhar para o galo e se apegar em alguma causa mais ambiental, ecológica e sustentável, enquanto outra pessoa vai olhar e entender como um lugar de liberdade. E esse é o papel da arte: possibilitar discussões e reuniões de ideias, além de deixar o lugar mais colorido, mais dinâmico, mais instagramável”, destaca.
Conheça mais sobre as quatro obras:
Parede do Ar
Traz à tona uma grande figura humana com movimentos bem delicados, como se fossem de dança, trabalhados de forma leve. A cabeça da figura ali trabalhada vira uma gaiola aberta para representar a liberdade, não ficando presa a ideias fixas e podendo sair e explorar fora da caixa. Quatro aves, duas menores e duas maiores, também compõem o cenário, evidenciando novamente essa liberdade.
Pilares da Água
Face do “sereio”: aborda o espaço mitológico, com este ser que é metade humano e metade peixe, fazendo um paralelo à ideia da idealização do corpo, de admiração de corpos alternativos em relação ao padrão de beleza que é consumido normalmente. Ele se apresenta como um defensor desses corpos, sendo um “sereio” híbrido, que se eleva, saindo das profundezas e indo ao alto, levando a energia para cima.
Face dos cavalos marinhos: o farol no topo é visto como um guia, como algo que dá a direção e leva à luz. Já os cavalos marinhos representam a qualidade única desses animais, que são cheios de características bem específicas e se destacam.
Ambas as faces são complementares e com ângulos diferenciados de um mesmo cenário.
Parede da Terra
A proposta desenvolvida em conjunto com os alunos de Publicidade e Propaganda da Unisinos, por meio de um workshop alusivo aos 50 anos da graduação, traz o símbolo do curso: o galo. No centro da imagem, há a representação de uma árvore da vida, que possui vários significados em diferentes culturas. Já a cobra tem o significado de cura, de revitalização, de renascimento, enquanto as cores reforçam a diversidade, a representatividade, com sentido de igualdade.
Parede do Fogo
A arte dá destaque à fênix, pássaro mitológico que entra em autocombustão e depois renasce das cinzas, trazendo revigoramento e energia reciclada. A metáfora faz alusão a uma combustão social oriunda da pandemia, simbolizando o renascimento. A fênix está associada a esse lugar, com elementos que falam de fogo e de energia.