O cheiro na cozinha é bom. Crianças com a mão na massa. Hora de descascar, picar, desfiar, temperar e outros diversos verbos que entram na cozinha. Do salgado ao doce, os pequenos cozinheiros, atentos às orientações dos estudantes de Nutrição, prepararam comidas saudáveis e práticas. A sexta-feira, no laboratório de gastronomia da Unisinos, acolheu uma atividade apetitosa e divertida.
A partir das 14h, do dia 4/12, a cozinha já estava cheia. Como parte das atividades finais da disciplina de Educação Alimentar, do curso de Nutrição, os graduandos prepararam uma oficina culinária com crianças do projeto Chefão, da Rede de Saúde Pública de São Leopoldo, e a E.M.E.F. Presidente Prudente de Morais, de Novo Hamburgo. Ao todo, trinta crianças foram contempladas com a ação. No cardápio, pão de queijo com couve, batata doce chips com muffin de cenoura, suflê de cenoura com couve, sorvete de morango com banana e, até mesmo, cookies de chocolate.
Segundo a professora Vanessa Backes, coordenadora da atividade, o objetivo era incutir nas crianças a importância de criar hábitos alimentares saudáveis. O projeto, que começou no início deste semestre, foi dividido entre a teoria, em sala de aula, e a prática, na cozinha. “Firmamos essa parceria pela carência dos alunos em ingerir saladas no refeitório. Afinal, hoje, os alimentos são produtos ultra processados, cheios de gordura, açúcar, sódio. A ideia é que eles perceberam que podem fazer um lanche gostoso e com menos ingredientes industrializados”, completa. A consciência de ingerir alimentos saudáveis, de acordo com Vanessa, é mais viável se estimulada desde a infância, pois é mais fácil de criar o hábito.
A professora aponta que as receitas foram pensadas de forma que as crianças pudessem preparar os pratos sozinhas, sem depender de adultos. E, da mesma forma, que seja opção de lanche para a tarde ou de uma janta para a família. “Nós queremos estimular as pessoas a voltarem a preparar o alimento em casa. E nós entendemos que levar isso para as crianças é um estímulo tanto para os pais, de prepararem aos filhos, quanto para a autonomia da criança, de cozinhar o próprio alimento”, destaca.
A encarregada pelo suflê de cenoura com couve foi Sara, de 10 anos. Ela afirma que, apesar de não se interessar muito por alimentos saudáveis, vai dar uma chance para os lanches preparados pelos colegas. “Eu vou provar de tudo, o cheiro está bom”, entusiasma-se.
Em sala de aula, quem conduziu a teoria foram as alunas Aline Cattani, Caroline Pilger, Sabrina Land e Emili Casilotto. Aline explica que foram quatro atividades feitas. “Nosso principal objetivo era mostrar como os alimentos saudáveis são necessários em nossa rotina alimentar e incentivá-los a comê-los no refeitório”, conta. Emili complementa dizendo que, apesar da falta de experiência, foi gratificante o resultado. “Foi um desafio bem grande, pois, em aula, aprendemos a teoria, mas não tínhamos nenhuma experiência de prática. Estávamos com receio, mas fomos bem-recebidas. Foi um aprendizado para a vida, deles e nossa”, salienta.
Confira mais imagens da atividade:
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