Momento bem-estar, atualização dos protocolos, autoconhecimento: hora de olhar para dentro, qualidade vida e saúde mental, esses foram alguns dos eventos virtuais criados durante o ano. Espaços pensados e desenvolvidos para troca do conhecimento e diálogo com colaboradoras e colaboradores da Unisinos. O objetivo das novas ações remotas foi dar acolhimento, fortalecer, informar e se manter próximo de todos. “Um dos aspectos mais delicados, para os colaboradores, foi o desafio de lidar com a mudança brusca, como as medidas de isolamento e home office. Constatamos um agravamento de doenças psiquiátricas, causadas, principalmente, por conta do estresse e tensão”, explica Miriam Ferragini Müller, assistente social na área de Gestão de Pessoas.
A Unisinos sempre esteve atenta de maneira reservada à saúde física e mental de seus colaboradores, prezando pelo apoio psicológico e psiquiátrico. Em 2020, com as mudanças necessárias na rotina de trabalho, a Universidade identificou a necessidade de repensar diferentes formas de apoio, atuando com diversas atividades semanais e outras quinzenais. “A necessidade de ampliação se deu pela crise pandêmica, pois se tornou evidente através das falas dos colaboradores nos acolhimentos, atendimentos biopsicossociais e nos encontros remotos sobre a importância de termos ações de saúde e bem-estar sendo oferecidas”, relata a enfermeira do trabalho na área de Gestão de Pessoas, Rosana Schaeffer Zeferino.
Todas essas ações desenvolvidas integram uma evolução do Programa de Saúde Mental da Unisinos. Um trabalho que já mostra muitos aprendizados e resultados. Miriam destaca que as atividades presenciais são importantes por conta do olho no olho, da linguagem corporal e dos abraços. Ela ressalta que esses elementos foram perdidos com as mudanças, por isso se faz tão importante apresentar uma alternativa aos colaboradores. “Fizemos bom uso da comunicação por meio de um olhar atento, uma escuta sensível e respeitosa, um tom de voz mais brando, um gesto afetuoso e, até mesmo, uma expressão fisionômica que ultrapassou o distanciamento e as máscaras”, afirma.
‘Estou me sentindo melhor’, ‘estava precisando deste acolhimento’ e ‘como é bom ter um suporte na Universidade’, foram alguns dos relatos recebidos pelas iniciativas. Para Rosana, esse retorno reforça a importância do trabalho. “Como aprendizado, fica a certeza de que as pessoas necessitam, cada vez mais, de ações de saúde e bem-estar para fortalecerem as suas trajetórias de vida”, completa. Esse resultado é fruto da atuação de uma equipe multidisciplinar e composta por profissionais dedicados, como a assistente social, a enfermeira do Trabalho, a técnica de enfermagem do Trabalho e tantos outros profissionais que participam com seus saberes, sob demanda. Com os atendimentos atuais, surgiu a necessidade de se ampliar olhares, com a descoberta de novas formas de cuidar do próximo.
As ações evidenciaram sentimentos relacionados ao alívio e redução dos impactos causados pelo estresse, medo e ansiedade. No total, foram 4.279 participantes em 29 atividades desenvolvidas ao longo do ano em 2020. Para Miriam, o retorno representa o real sentido de fazer uso da empatia. “É a capacidade de colocar-se no lugar do outro, a fim de compreender seus sentimentos sem críticas ou julgamentos”, conclui. O sucesso do trabalho mostra o quanto é necessário estar atento e ser ágil na resposta, frente a uma reação de fragilidade da saúde mental do ser humano, diante dos desafios a serem superados.