Alunos do Jornalismo em viagem de estudos a Pelotas e Piratini

Atividade acontece neste final de semana (29 e 30/09)

Crédito: Gustavo Mansur/Prefeitura de Pelotas

Alunos da disciplina de Jornalismo e História do Brasil da Unisinos realizarão no fim de semana de 29 e 30 deste mês uma viagem de estudos às cidades de Pelotas (fundada em 1812) e de Piratini (em 1789). Na primeira, visitarão a redação do Diário Popular (de 1890), mais antigo jornal gaúcho em funcionamento ininterrupto, a mítica Bibliotheca Pública Municipal (de 1875), o Mercado Geral (de 1848) e o entorno da Praça Coronel Osório, que abriga importantes obras do escultor Antônio Caringi (1905/1981). Na segunda, conhecerão o prédio em que funcionou O Povo (1838), o primeiro jornal oficial da República Rio-grandense e onde residiram os italianos Luigi Rossetti (1800/1840) e Giuseppe Garibaldi (1807/1882), irão ao Museu Histórico (de 1953) e percorrerão o centro histórico, acompanhados do grupo local especializado em teatralizar a história farroupilha.

Responsável, neste semestre, pela disciplina implantada no currículo de Jornalismo da Escola da Indústria Criativa a partir de 2014, o professor Nikão Duarte entende que os cerca de 800 quilômetros a serem percorridos em apenas dois dias se compensam pelo nível do conhecimento in loco que será proporcionado aos estudantes. “Estaremos em ambientes que se inserem nas vocações da disciplina acadêmica: o Jornalismo e a História do Brasil”.

Para ele, o Diário Popular oferece uma das mais ricas trajetórias, desde sua criação, como “orgam do partido Republicano Rio-grandense” (na escrita da época), até a sua fase atual, passando por momentos que tanto testemunham a história brasileira quanto as modificações pelas quais têm passado as empresas e as atividades jornalísticas. Já a Bibliotheca é reconhecida como uma das mais importantes do Brasil, abrigando acervo de enorme qualidade, incluindo a coleção completa do Diário Popular.

O professor considera que Piratini está, para o Rio Grande do Sul, como Ouro Preto para Minas Gerais. “À diferença que, aqui, ainda não soubemos transformar esse nosso patrimônio em algo plenamente reconhecido”. Com seu casco histórico bem preservado (parte tombada por iniciativas do Município, do Estado e da União), a transpirar história por todos os cantos, a cidade é desconhecida mesmo por grande parte dos gaúchos. “Proporcionar aos jovens e futuros jornalistas esse nível de conhecimento é uma responsabilidade que o ambiente acadêmico deve assumir”, pondera ele.

O percurso permitirá aos universitários, ainda, contato com outras áreas do conhecimento, além da História e do Jornalismo – uma vez que poderão contemplar a arquitetura presente nos dois municípios mais que bicentenários, suas semelhanças e diferenças; e as artes plásticas expostas tanto a céu aberto (caso da Praça Coronel Osório) quanto nos espaços fechados dos museus das duas cidades.

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