Produtos criativos e que suprem necessidades do mercado atual e auxiliam consumidores em seu dia a dia. Com esse objetivo, os alunos do 3º semestre do curso de Gestão para Inovação e Liderança (GIL) idealizaram cinco projetos. A atividade, nomeada “1st Investor Pitch”, por se tratar de uma apresentação de novos produtos a investidores, faz parte do PA3 do curso. Cada Plano de Aprendizagem (PA) ocorre semestralmente. O professor Rodrigo Castilhos, que ministra o PA3, explica que, em cada PA, os alunos desenvolvem projetos integradores. “No primeiro, os alunos são incumbidos de realizar um projeto de pesquisa; no segundo, eles realizam atividades sociais; no terceiro, idealizam o produto e, no último, é o produto em si, a consolidação da ideia”.
Para a idealização do produto, segundo o professor, os alunos ultrapassaram diversas etapas. “Neste PA, eles desenvolvem a ideia, ou seja, realizaram pesquisas para compreender o contexto de mercado em que o produto será inserido, para entender as lacunas que este mercado não supre e para perceber possibilidades de criação de valor; a partir disso, fazem uma análise macro de ambiente, workshops de geração de ideias. Tudo sempre integrado à lógica de design thinking”, esclarece.
O professor acrescenta que a criação de produtos inovadores já é realizada pelos alunos do GIL desde a primeira turma do curso, contudo o diferencial desta edição é que é a primeira vez que são convidados investidores para a avaliação, e, possivelmente , para investirem nos produtos que se apresentam. “A ideia de trazer investidores é justamente para motivar os alunos a levarem seus projetos adiante”. O professor acredita que o PA3 contribui para a aprendizagem dos estudantes, principalmente em sua profissionalização.
Edgar Muniz, representante da Agenda Consultoria, foi um dos investidores que compareceu à apresentação. “Os projetos podem ser interessantes para o momento ou para o futuro, mas se é possível perceber a atitude empreendedora dos alunos, se já conseguem captar a forma de fazer, lá na frente eles podem fazer algo bem interessante. O objetivo é sair daqui com algo que seja vendável, que tenha aceitação do público”, expõe. Para ele, é importante que o mercado demonstre interesse e incentive o pessoal que ainda está na faculdade, porque esses podem ser nossos futuros colegas e parceiros. “Ao investir em start ups, estamos prestando incentivo à atitude empreendedora”, coloca.
Confira os cinco projetos que resultaram da disciplina:
Smatch
Um aplicativo destinado àqueles que gostam de futebol, mas têm problemas com o amigo que desistiu na última hora, ou que não conseguem quadras disponíveis para jogo. “Nós nos guiamos por pesquisas quantitativas e qualitativas para desenvolver o aplicativo. Essas pesquisas revelaram que ele veio para suprir necessidades daqueles que querem jogar futebol, mas não conseguem marcar horário em quadras ou não dispõem de parceiros suficientes para o jogo. A ideia conecta pessoas, quadras, grupos e jogadores”, explica Kathleen Enzweiler, uma das idealizadoras do projeto. A ideia se consolidou a partir da vontade dos acadêmicos de proporcionar aos esportistas e donos de quadras de futebol uma experiência prática e segura.
Equipe: Fernando Batistella, Gustavo Sturmer, Kathleen Enzweiler e Luiza Jawetz
Freenote
Um bloco de notas interativo que permite a organização de tarefas diárias, com uso de post-its, de maneira fácil e divertida. A agenda não possui datas, fica a cargo do usuário utilizá-la da maneira como quiser, cada um com seu estilo de organização. “Inicialmente, é para mulheres que têm um dia a dia muito agitado e não possuem uma maneira legal de organizar essa rotina. É um bloco de notas que substitui agendas de papel ou eletrônicas. É divertido e não prejudica o meio ambiente”, completa a aluna Thaís Kasper.
Equipe: Ariele Winkler, Natália Musso, Thaís Kasper e Vitória da Silva
Free.la
A plataforma Free.la vai conectar o profissional freelancer com quem deseja contratar profissionais para modificar o cenário da prestação de serviços no país. “No início, a plataforma estará focada na área gastronômica, mas temos a intenção de ampliar para outras áreas, como a doméstica, a de serviços de babá, que apresentam grande demanda de trabalho”, explica o aluno Guilherme Fetter. Se, hoje, é difícil encontrar profissionais dessas áreas, afinal a contratação é informal e por meio de indicações, a proposta do grupo é trazer um meio seguro de efetivar essas contratações. “A ideia é que todos os profissionais que estiverem ligados ao nosso sistema sejam avaliados após o serviço prestado, para que isso gere credibilidade para eles e para o nosso site”, acrescenta.
Equipe: Guilherme Fusquine, Guilherme Fetter, Leonardo Wallau e Nícollas Wulff
Easy Bag
A EasyBag é uma sacola sustentável que pode ser acoplada ao carrinho de supermercado com um simples encaixe, dispensando o uso de sacolas plásticas e facilitando o transporte das compras. O aluno Stefan Basile esclarece a ideia: “O produto surgiu a partir da intenção de preencher duas lacunas do mercado atual: reduzir o número de sacolas descartadas anualmente, visto que o plástico demora para se decompor, e proporcionar praticidade ao consumidor. O produto também contempla qualidade e preço acessível.
Equipe: Bruno Leuck, Marcelo Schmitt, Murilo Schneider, Rafael Giacomet e Stefan Basile
Liberté
Liberté surgiu como um novo conceito de experiência gastronômica para o público que é intolerante ao glúten e à lactose. A intenção do grupo é proporcionar um espaço de culinária específica para esse público diferenciado e, até mesmo, de trocas de experiências, workshops e palestras. “É um hub gastronômico que engloba conhecimento, saúde, entretenimento e socialização para quem possui restrições alimentares ou, simplesmente, se preocupa com uma alimentação mais saudável”, salienta Laura Kreuz, participante do projeto.
Equipe: Carolina Ribeiro, Laura Kreuz, Lauren Conceição, Tilara Brenner e Vitória Lufiego