Aluno do curso de Engenharia Química, Lucas Costa, será um dos palestrantes na X Semana do Meio Ambiente, ele ministrará na oficina de Classificação de embalagens plásticas e reciclagem. O estudante falará sobre a experiência adquirida na própria empresa, aberta em 2015, a Recmaster, que recupera plásticos.
Na grande maioria das vezes, devido ao desconhecimento de empresas, as sobras são despachadas para aterros sanitários. Nesse momento, entra o estudante de Engenharia Química e empreendedor Lucas.
A Recmaster trabalha na transformação, via processos químicos, de resíduos poliméricos de diferentes cadeias produtivas, em produtos novos, dando assim, um melhor destino, agregando custo-benefício socioambiental e econômico para diversos setores do mercado.
Todas as indústrias, durante seu processo fabril, geram algum tipo de resíduo. As empresas de publicidade, por exemplo, geram sobras na produção de banners e outdoors e o setor calçadista é outro forte gerador de resíduos. “No setor calçadista trabalhamos com diversas empresas na recuperação do PVC, como Calçados Dakota, Ramarim, Via Marte, Calçados Bebecê dentre outros”, afirma Lucas.
Através da captação dos resíduos, é desenvolvido o composto de PVC recuperado na forma de pellets para o processo de injeção da sola, que posteriormente monta o calçado. O estudante ressalta que, embora o material seja proveniente da recuperação de PVC, no momento que ele sai da empresa ele possui a mesma responsabilidade de qualquer material virgem vendido no mercado, visto que apresenta características superiores ao produto virgem que é vendido, como menos abrasão no caso da borracha termoplástica (T.R) e problemas de contração, no caso do PVC.
Segundo Lucas, o interesse na parte de processos químicos despertou muito antes de ingressar na faculdade e abrir a própria empresa. “Com 16 anos já comecei a direcionar meu estudo para essa área e vivenciar de maneira prática quando passei a conviver mais dentro da empresa do meu pai, que na época também trabalhava com recuperação de resíduos”, relembra .
A coordenadora do curso de Engenharia Química, Janice da Silva, diz que os professores desejam a realização na carreira profissional dos acadêmicos e que suas atuações sejam um diferencial para a sociedade. “O curso vem despertando nos acadêmicos ações empreendedoras e potencializando as já existentes. Nosso curso tem o conceito máximo na Avaliação do MEC/Enade, ocupando a primeira posição no RS”, completa.
Lucas afirma que a graduação está o ajudando muito. “Me sinto realizado cursando Engenharia Química, desde que entrei, sempre busquei trazer todos os conhecimentos que os professores me passaram para alguma aplicação e otimização dentro da minha própria empresa, seja em processos químicos, pesquisas ou ações empreendedoras”, comenta.