Para contar a história e a rotina de uma ecovila são necessários muitos detalhes. Após tentar entrar em contato com duas comunidades para a matéria e a pauta quase cair, a estudante de jornalismo Laís Albuquerque conseguiu produzir a reportagem “A vila dos gravatás”, publicada na 2ª edição da revista Josefa. Na noite da última terça-feira (27), todo o esforço da aluna na apuração foi reconhecido com o Prêmio Braskem de Jornalismo Universitário, categoria acadêmica do Prêmio Lutzenberger de Jornalismo Ambiental.
Na reportagem, Laís conta um pouco da rotina e da experiência que teve na Ecovila Karaguatá, comandada pelo casal Glória Caceres e Luiz Gusson, em Santa Cruz do Sul. A estudante passou um domingo inteiro na companhia dos moradores da comunidade, que possui cerca de 42 hectares. O tema da Josefa daquele semestre era “mudança” e a aluna buscou apresentar a tansformação do casal desde o início da ecovila há 16 anos.
Segundo ela, apesar das adversidades, o resultado final foi bom. “Senti um misto de alívio. Uma sensação de dever cumprido, tanto no texto, quanto nas fotos”, conta Laís. As imagens foram clicadas pelo também estudante de jornalismo Luiz Felipe Matos. “É bem sobre a mudança de vida deles e se desprender de algumas coisas consideradas ‘normais’ pela sociedade”, explica a estudante sobre a reportagem.
Pela conquista, Laís ganhou também R$ 1 mil como premiação. “É muito gratificante. Foi um grande esforço fazer a reportagem e ganhar um prêmio por ela foi a melhor coisa que me aconteceu este ano”, exalta a graduanda.
Para Thais Furtado, professora e editora da revista Josefa, Laís foi insistente na produção. “A matéria é bastante interessante. O legal foi a dedicação dela. Mesmo com a pauta quase caindo, a Laís não desistiu e encontrou esta ecovila para fazer a publicação”, opina a professora. “Temos recém duas edições da revista e já conseguimos marcar presença num prêmio importante. É importante mostrar para o mercado o que é produzido na universidade”, afirma.